Amaury Ribeiro Júnior

    Amaury Ribeiro Júnior é um jornalista investigativo especializado em temática dos Direitos Humanos. Ganhou três Prêmios Esso, dois Imprensa Embratel e um Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Lançou o livro A Privataria Tucana, que foi finalista de mais um prêmio, o Jabuti. Foi repórter especial do jornal O Globo e da revista IstoÉ, além de ter se destacado no Correio Braziliense e no Estado de Minas. Atua como repórter e produtor especial no Núcleo de Reportagens Investigativas da Rede Record de Televisão, produzindo matérias para os programas Domingo Espetacular, Repórter Record e Jornal da Record, desde outubro de 2010.
     
    O primeiro Prêmio Esso conquistado veio em 1996, na principal categoria da premiação, com os jornalistas Aziz Filho, Adriana Barsotti, Consuelo Dieguez e Cid Benjamim, por matéria publicada no jornal O Globo. A equipe reconstituiu a história da Guerrilha do Araguaia. As reportagens abriram caminho para a descoberta de ossadas de alguns guerrilheiros em cemitérios clandestinos e também para que o Estado brasileiro assumisse a responsabilidade nos fatos, com o pagamento de indenizações às famílias. Com a mesma matéria obteve menção honrosa no Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos 1996.
     
    Em 1997, ganhou outro Prêmio Esso, ao desvendar uma rede de prostituição infantil, e em 1999 ainda no jornal O Globo, junto a outros jornalistas ganhou mais um Prêmio Esso, com reportagem sobre o Riocentro. Fizeram parte da equipe vencedora Chico Otávio e Ascânio Seleme.
     
    Já na IstoÉ, ganhou o Prêmio Barbosa Lima Sobrinho do Imprensa Embratel 2003, com Sônia Filgueiras e a equipe formada por Francisco Alves Filho, Liana Melo e Ricardo Miranda, pela matéria Máfia dos fiscais, sobre a existência de uma estrutura de corrupção instalada na Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro. A premiação seguinte foi o Imprensa Embratel 2007, na categoria Regional Centro-Oeste, com Eduardo Militão e Fernanda Odilla e participação de Mário CoelhoUlisses Campbell, Diego Abreu, Lilian Tahan, Ugo Braga, Ana Maria Campos, Riomar Trindade e Denise Rothenburg, pela matéria Instituto Candango de solidariedade e dos rombos dos cofres públicos do DF, publicada no Correio Braziliense.
     
    Ainda trabalhando para o Correio Braziliense, foi baleado quando realizava trabalho de investigação jornalística sobre os homicídios ligados ao narcotráfico em Brasília. O fato levou o jornalista a trabalhar no jornal Estado de Minas, onde começou a escrever sobre assuntos políticos. O caso teve repercussão internacional. Foi publicado pelo jornal inglês The Guardian, Freedom House, e recebeu manifestações de apoio do Committee to Protect Journalists, International Consortium of Investigative Journalists. Teve de permanecer sob escolta policial.
     
    Em 2010, foi indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de violação de sigilo fiscal, corrupção ativa, uso de documentos falsos e por dar ou oferecer dinheiro ou vantagem à testemunha. Negou as acusações, afirmando que “jamais pagaria pela obtenção de dados fiscais sigilosos de qualquer cidadão”.
     
    Lançou em nove de dezembro de 2011 o Privataria Tucana (Geração, 2011), que investigou casos de privatização ocorridos no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. O livro relata um suposto esquema de corrupção para lavagem de dinheiro público em paraísos fiscais. A Privataria Tucana foi um dos finalistas da 54ª edição do Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, o prêmio mais prestigiado da Literatura Brasileira, na categoria Reportagem.
     
    Faz parte do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ). Foi um dos fundadores da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
     
     
    Atualizado em dezembro/2012 ? Portal dos Jornalistas
    Fontes: