Antônio Hohlfeldt

    Antônio Carlos Hohlfeldt nasceu em 22 de dezembro de 1948, em Porto Alegre (RS). Começou a cursar Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS), mas teve que abandonar o curso. Formou-se em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs/RS), em 1973. Possui mestrado e doutorado em Literatura pela PUC/RS, respectivamente em 1991 e 1998, e pós-doutorado em História do Jornalismo pela Universidade Fernando Pessoa (UFP/Porto), em Portugal, no ano de 2007. Concluiu cursos de Pró Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação da PUC/RS, em 2005, e de Gestão na Indústria Audiovisual da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), em 2007.
     
    Já aos 12 anos de idade escrevia histórias para um teatrinho de bonecos e para o caderno infantil do Correio do Povo (RS). Depois de atuar como colaborador na rádio Metrópole (RS), passou a atuar como freelancer na rádio Pampa (RS), em 1967, apresentando um programa nas tardes de domingo com Vanderlei Cunha, enfocando temas culturais. Acabou sendo contratado pela emissora como redator de notícias e apresentador de um programa de música clássica nas manhãs de domingo. Por indicação de Paulo Diniz, diretor da rádio, aproximou-se de P. F. Gastal, editor de Cultura do jornal Correio do Povo (RS) e responsável pela página de Cinema da Folha da Tarde (RS), do grupo Caldas Novas. Tornou-se crítico de cinema da Folha, como integrante da Equipe das Terças, como passou a ser chamada a turma de universitários que publicavam comentários todas as terças-feiras nas páginas do jornal. Paralelamente, atuava como freelancer no Correio, entrevistando grandes nomes da Cultura Brasileira.
     
    Em 1970, participou com Gastal da criação de uma mostra cinematográfica para festejar o aniversário de 20 anos do Clube de Cinema de Porto Alegre, que acabou dando origem ao prestigiado Festival de Cinema de Gramado. Acabou sendo contratado definitivamente pelo Correio do Povo em 1974. Ainda nesse ano, mudou-se para o Canadá, onde trabalhou no setor brasileiro da rádio Canadá Internacional até 1975, mantendo-se também correspondente do Correio do Povo.
     
    Permaneceu como redator, crítico de Artes e, eventualmente, editor substituto do Caderno de Sábado – suplemento literário do jornal – até sua falência, em 1985. Paralelamente, foi assessor de Imprensa da Fundação Sinfônica de Porto Alegre, do Instituto Goethe, em 1976, viajou diversas vezes ao exterior – além do Canadá, conheceu os Estados Unidos, a França, a Alemanha, a Bulgária, a Inglaterra, a Espanha e Portugal – e foi colaborador dos jornais Tribuna da Imprensa (RJ), Correio das Artes (PB) e da revista IstoÉ (SP).
     
    Integrou a equipe do Diário do Sul (RS), jornal voltado à cobertura cultural, editado pelo grupo Gazeta Mercantil, e que circulou no Rio Grande do Sul entre 1986 e 1988. Há algum tempo é o único crítico teatral em atividade na capital gaúcha, mantendo uma coluna semanal no Jornal do Comércio (RS). Por seu envolvimento com a área acadêmica, é membro do Corpo Editorial dos periódicos Colección Aldea Global (Espanha), Intercom (SP), Revista Internacional de Relaciones Públicas (Espanha), Revista Comunicação & Espaço Público (DF) e E-Compós (DF).
     
    Ao mesmo tempo, participou intensamente da vida pública, acadêmica e literária nacional. Ocupou um cargo de assessor na Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre, em 1972, e na Secretaria de Estado da Cultura, Desporto e Turismo do Rio Grande do Sul, entre 1978 e 1981. Foi o primeiro membro do Partido dos Trabalhos, ao qual se filiou, a ser eleito para cargo público no Estado, tomando posse como vereador de Porto Alegre em 1983. Foi reconduzido ao cargo por cinco vezes, consecutivamente, trocando o PT pelo Partido da Social Democracia Brasileira no início dos anos 1990. No novo partido, exerceu a Presidência Estadual entre 1998 e 1999, foi presidente no Rio Grande do Sul do Instituto Teotônio Vilela no ano 2000 e candidato eleito a vice-governador em 2002, na chapa de Germano Rigotto. Em 2005, trocou novamente de partido, filiando-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro.
     
    Na vida acadêmica, foi professor nas instituições gaúchas Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), de 1975 a 1984, Universidade de Caxias do Sul (UCS), de 1978 a 1982, e Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em 1986. Encontra-se desde 1994 vinculado à Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUC/RS, como docente no curso básico e no mestrado em Comunicação Social. Foi também coordenador do programa de Pós-Graduação em Comunicação Social na Famecos-PUC/RS de 1999 até 2002. Atuou ainda na Universidade Fernando Pessoa, em 2008, na Université Paul Valéry III, em 2009, e na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), em 2010. Representa a PUC/RS no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e colabora desde 2012 com as Faculdades Monteiro Lobato (Fato/RS).
     
    Escreveu uma grande quantidade de obras literárias, ensaísticas e de pesquisa acadêmica: Mudanças (EdUCS, 1975); A Literatura Catarinense em Busca da Identidade: O Conto (Movimento, 1985); A Literatura Catarinense em Busca de Identidade: A Poesia (EdUfsc, 1985); A Menina das Bolhinhas de Sabão (FTD, 1986); A Aventura Aventurosa de Acanai Contra a Grande Cobra Sucuri na Terra Sem Males (FTD, 1990), ilustrado por Ciça Fittipaldi; Letras Riograndenses: Dyonélio Machado (Instituto Nacional do Livro, 1990); O Caso do Contrabando do Taim (FTD, 1993); Descobridor de Continentes (FTD, 1993); A Briga da Porta com a Parede (FTD, 1994); Pelas Veredas da Literatura Brasileira (Instituto Estadual do Livro, 1994); A Literatura Catarinense em Busca de Identidade: O Romance (EdUfsc, 1994); A Greve das Namoradas (Ática, 1996); O Exílio na Terra dos Muitos (LE, 1996); Literatura e Vida Social (EdUfrgs, 1996); O Cavaleiro da Rosa no Supermercado (FTD, 1996); Sabor Universitário com Gosto Campeiro (AGE, 1997); Mozart Pereira Soares (Instituto Estadual do Livro, 1998); Trilogia da Campanha – Ivan Pedro de Martins e o Rio Grande Invisível (Instituto Estadual do Livro, 1998); Passaramente (WS, 1999); Porã (WS