Eduardo Faustini

    Eduardo Faustini é um dos repórteres investigativos mais importantes do jornalismo brasileiro. Não exibe o rosto durante as reportagens para preservar a integridade física. Iniciou a carreira na revista O Cruzeiro, como fotógrafo. Passou pela reportagem investigativa na TV Manchete, entre 1989 e 1995, no programa Documento Especial, e de 1995 a 2021 na TV Globo, como repórter especial do Fantástico. Durante a década de 1980, trabalhou nos jornais O Povo (RJ) e Luta Democrática (RJ).

    Já fingiu ser idoso para flagrar e denunciar os maus-tratos em asilos no Brasil, passou-se por caminhoneiro para mostrar os esquemas de propina nas rodovias pelo País, flagrou a insegurança no sistema aéreo brasileiro, embarcando com uma réplica idêntica de um fuzil e um pacote de açúcar simulando cocaína, mostrou o esquema das funerárias que vendiam atestados de óbitos que serviam até para encobrir assassinatos, mostrou a fraude em bombas de gasolina dos postos de combustíveis com o uso de controle remoto e participou de uma operação dentro do caveirão da Polícia do Rio de Janeiro em uma comunidade dominada por traficantes.

    Em outras matérias, se passou por secretário interino na Prefeitura de São Gonçalo (RJ) para escancarar a corrupção no município, deu provas definitivas para as prisões do Comendador Arcanjo, chefão do crime organizado em Mato Grosso, e de Hildebrando Pascoal, o Deputado da Motoserra.

    Fez parte da equipe de jornalistas que venceu, junto com os repórteres André Luiz Azevedo Renato Nogueira, o Grande Prêmio Barbosa Lima Sobrinho, Embratel 2013.

    A série de reportagens vencedora, A cara da corrupção, revelou o que acontece em um gabinete onde são fechados contratos com dinheiro público. Durante os dois meses, Eduardo Faustini se fez passar por gestor de compras em um hospital público federal.

    Mostraram na série vitoriosa, as empresas que vendem serviços e materiais médicos que foram convidadas a participar de concorrências fictícias, licitações com cartas marcadas, combinação de pagamento de suborno e simulações para fugir da fiscalização do governo. Gravaram imagens probatórias em três ângulos diferentes a matéria trouxe como resultado a perda pelas empresas participantes de contratos que somavam, na época, R$ 250 milhões.

    Em outubro de 2013 venceu o ETCO de Jornalismo concedido pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial. Conquistou na categoria Televisão, ao lado de André Luiz Azevedo, com a mesma reportagem A cara da corrupção, veiculada no Fantástico da TV Globo.

    Foi eleito em 2015 entre os TOP 100 dos +Admirados Jornalistas Brasileiros, votação realizada por Jornalistas&Cia em parceria com a Maxpress.

    Em novembro de 2021, deixou a Rede Globo, após mais de 25 anos de casa, em desligamento amigável e de comum acordo, que causou comoção na emissora.