Theresa Walcacer

    Maria Theresa Tostes Walcacer nasceu na cidade mineira de Manhumirim, Minas Gerais, no dia 19 de setembro, estudou Filosofia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), de onde se transferiu para a Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1968.

    Theresa Walcacer como é mais conhecida, completou 40 anos de carreira na Globo em 2011. Nesse período fez parte da equipe dos principais telejornais e programas jornalísticos da emissora.

    Começou numa época em que o jornalismo ainda era feito com filmes de 35 mm, como editora de texto, mas também trabalhava junto aos montadores – “cortava com tesoura, colava com durex”, lembra.

    Em 1967, começou a fazer trabalhos jornalísticos como freelance para as revistas Pais & Filhos e Geográfica Universal, da editora Manchete, e para a revista da Editora Vozes. Em 1970, começou a trabalhar no Departamento de Pesquisa do Jornal do Brasil. No jornal, passou pelas editorias Internacional e de Cultura, trabalhando no Caderno B, até maio de 1971.

    Em julho do mesmo ano, foi contratada como pesquisadora pela Globo. Em pouco tempo, começou a contribuir com as seções Internacional e Local do Jornal Nacional, do qual se tornaria editora.

    As primeiras coberturas importantes de que participou foram, ainda em 1971, a da morte do líder soviético Nikita Kruschev e a da queda do elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro.

    Também como editora, sob a coordenação de Alice-Maria, trabalhou ao lado do roteirista Wilson Aguiar no Globinho, programa em formato de telejornal que estreou em 1972: um noticiário dirigido para o público infantil. Dois anos depois, passou a integrar a equipe do Jornal Hoje, do qual se tornaria editora-chefe em 1975.

    Theresa Walcacer deixou a Globo em 1976, para trabalhar no Departamento de Pesquisa e Documentação da Fundação Nacional de Arte (Funarte). Retornou à emissora em 1979, para integrar a equipe do Jornal Nacional. Novas coberturas históricas, de fatos jamais esquecidos como a do atentado do Riocentro, em maio de 1981, e a das eleições diretas para governador, em 1982, as primeiras após o golpe militar de 1964.

    No início da década de 1980, começou a exercer a atividade de produtora do Globo Repórter. Sob o comando do editor-chefe Roberto Feith, integrou a equipe responsável por mudar o perfil do programa para conjugar notícia e entretenimento. Na equipe do Globo Repórter, desempenhou, ainda, as funções de editora e diretora.

    Ainda em 1982, foi designada editora do Jornal da Globo. Voltou a atuar na área de cultura, em 1985, na equipe mobilizada pela Globo para a cobertura do Rock in Rio, em sua primeira edição. Em 1985, participou da mobilização para a cobertura da doença e, em seguida, da morte do então presidente eleito Tancredo Neves.

    Em 1986, Theresa Walcacer foi designada chefe da recém-criada editoria de Cultura, que passou a responder pela cobertura de teatro, cinema, artes plásticas e dança para todos os telejornais de rede da Globo — inclusive o Jornal Nacional.

    Na comemoração do ano internacional da pequena e média empresa, em 1988, a jornalista trabalhou ao lado de Geneton Moraes Neto como responsável pelo texto e edição de um novo programa na grade da Globo, o Pequenas Empresas, Grandes Negócios. Logo depois, transferiu-se para a antiga TV Manchete, passando a trabalhar como editora do telejornal Noite e Dia.

    Theresa Walcacer voltou a trabalhar nas Organizações Globo em 1995, quando assumiu o cargo de gerente da Fundação Roberto Marinho. Em outubro do mesmo ano, foi nomeada diretora-geral do programa Globo Ciência, trabalhando ao lado da diretora Mariângela Medeiros.

    Voltaria a atuar como editora, no final dos anos 1990, no programa Papo com Armando Nogueira, do canal SporTV. Trabalhou no programa, do qual também cuidava da direção de estúdio, até meados de 2003, quando se tornou editora-chefe do Starte, programa semanal de arte e cultura exibido pela Globo News.

    Ainda no Starte, programa que em 2013 teve três temporadas e é exibido às terças-feiras na GloboNews, às 23h30, Theresa falou ao g1 do desafio nesse período: “o maior esforço do Starte foi equilibrar as pautas dos programas, alternando música, cinema e teatro ao longo de um ano em que predominaram fatos e notícias relevantes na área das artes visuais”, explica a editora-chefe.

     

     

    Atualizado em maio/2014 – Portal dos Jornalistas

    Fontes:

    https://www.com/mariatheresa.tosteswalcacer/about

    [Depoimento concedido ao Memória Globo por Theresa Walcacer em 05/05/2004.]