Gilberto Dimenstein

    Gilberto Dimenstein nasceu em São Paulo (SP), em 28 de agosto de 1956. Iniciou no Jornalismo em 1977, na revista Shalon (SP), da Comunidade Judaica do Brasil. Formado na Faculdade Cásper Líbero, é colunista da Folha de S.Paulo (SP) e comentarista da rádio CBN (SP).
     
    Já foi diretor da Folha de S.Paulo, na sucursal de Brasília, e correspondente internacional em Nova York (EUA). Desde 2011 integra o Conselho Editorial do jornal. Vive nos Estados Unidos, onde desenvolve o projeto de Comunicação para a Cidadania, a convite da Universidade Harvard, em Cambridge (EUA).
     
    Trabalhou também nos jornais O Globo (RJ), Jornal do Brasil (RJ), Correio Braziliense (DF), Última Hora (SP) e nas revistas Educação (SP), Visão (SP) e Veja (SP). Foi acadêmico visitante do programa de Direitos Humanos da Universidade de Columbia, em Nova York.
     
    Passou a se dedicar mais aos temas sociais entre 1991 e 1992, quando recebeu uma bolsa de estudos da MacArthur Foundation para investigar a violência e prostituição da criança na Amazônia. O resultado das apurações foi relatado no livro Meninas da Noite – A Prostituição de Meninas Escravas no Brasil (Ática, 1992), publicado em vários países.
     
    O enfoque da temática não ficou apenas nas reportagens e comentários. Passou então a desenvolver ações sociais. Foi um dos criadores da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi), disseminada pelo Brasil e vários países da América Latina. Em 1994, criou a ONG Cidade Escola Aprendiz, onde se desenvolve o programa Bairro-Escola, replicado com apoio do Unicef e Unesco em vários estados e cidades do País.
     
    O projeto utiliza metodologia alternativa para a formação de profissionais do futuro, modelo que foi considerado, em 2009, “um exemplo de inovação comunitária” pela Escola de Administração de Harvard, e foi avaliado, pela Unesco, “como uma referência mundial”. O texto foi enviado ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
     
    É também autor de projetos curriculares de comunicação aplicada em escolas, entre os quais o Colégio Bandeirantes (SP). Idealizou o site Catraca Livre, que foi desenvolvido, em julho de 2009, por estudantes universitários da USP, PUC, Faap, Mackenzie e Metodista, para suprir a necessidade de agrupar, em uma única plataforma, as novidades gratuitas do cenário cultural paulistano.
     
    Está diariamente no Mais São Paulo, programa na rádio CBN que vai ao ar duas vezes por dia, e semanalmente no portal FolhaOnline e no jornal Folha de S.Paulo, com comentários assinados.
     
    Comanda na rádio CBN, o programa Cidadão Jornalista, um espaço destinado aos leitores e ouvintes que, ao relatarem fatos e experiências de sua cidade, comunidade e cotidiano, se tornam repórteres por um momento.
     
    Segundo o senador Cristovam Buarque, que criou a Bolsa-Escola [em depoimento quando era governador do Distrito Federal], Dimenstein é um dos inspiradores desse programa. O Bolsa-Escola foi uma das bases para a montagem do Bolsa-Família, que atende a 11 milhões de família em todo o Brasil.
     
    Ganhou, em 1995, o Prêmio Nacional de Direitos Humanos, junto com o cardeal d. Paulo de Evaristo Arns. Além disso, recebeu o Prêmio Criança e Paz, do Unicef e uma menção honrosa do Prêmio Maria Moors Cabot, da Faculdade de Jornalismo de Columbia (USA).
     
    Outras premiações abrilhantam a carreira de Dimenstein. Entre elas estão: dois Prêmios Esso de Jornalismo – em 1988, na categoria Principal, com a reportagem A Lista da Fisiologia, e, no ano seguinte, na categoria Informação Política, com O Grande Golpe, ambas publicadas pela Folha de S.Paulo –, dois Prêmios Líbero Badaró de Imprensa, o Prêmio Jabuti de Literatura de Melhor Livro de Não-Ficção em 1993, com O Cidadão de Papel (Ática, 1993), além de um Prêmio Comunique-se, na categoria Jornalista de Cultura – Mídia Livre, em 2012.
     
    Entre outras obras de sua autoria destacam-se: A República dos Padrinhos: Chantagem e Corrupção em Brasília (Brasiliense, 1988); As armadilhas do poderBastidores da imprensa (Summus,1990); A Guerra dos Meninos – Assassinatos de Menores no Brasil (Brasiliense, 1990); A Democracia em Pedaços (Companhia das Letras, 1996); O Aprendiz do Futuro (Ática, 2005); O Mistério das Bolas de Gude (Papirus, 2006); Fomos Maus Alunos (Papirus 7 Mares, 2009) e Mundo de REP (Melhoramentos, 2010). O Mistério das Bolas de Gude também saiu em audiolivro (Audiolivro, 2006). As obras tratam de assuntos polêmicos para a sociedade brasileira e são usadas, com sucesso, por várias escolas do País.
     
    Em coautorias, ele assina: A Aventura da Reportagem (Summus, 1990), com Ricardo Kotscho; A História Real – Trama de uma Sucessão (Ática, 1994), com Josias de Souza; O Brasil na Ponta da Língua (Ática, 2002), com Pasquale Cipro Neto; Quebra-Cabeça Brasil (Ática, 2003), com Álvaro Cesar Giansanti; Heróis Invisíveis (Wide Publishing, 2004), com os fotógrafos Luiz Garrido, Christian Gaul e Edu Simões; Prazer em Conhecer (Papirus 7 Mares, 2008), com Miguel Nicolelis e Drauzio Varella; Dez Lições de Filosofia para um Brasil Cidadão (FTD, 2008), com Giansanti e Heide Strecker; Dez Lições de Sociologia para um Brasil Cidadão (FTD, 2008), com Giansanti e Marta M. A. Rodrigues; Escola Sem Sala de Aula (Papirus 7 Mares, 2010), com Antonio Carlos Gomes da Costa e Ricardo Semler; É Rindo que se Aprende (Papirus 7 Mares, 2011), com Marcelo Tas, e O Cidadão Invisível (Ática, 2011), com Ivan Jaf e Eduardo Ferigato.
     
    Com Heloísa Pietro, escreveu os livros de literatura infantil Mano Descobre a Solidariedade (2001), Mano Descobre a Ecologia (2002), Mano Descobre a Paz (2003), Mano Descobre a Confiança (2004), Mano Descobre a Diferença (2010), Mano Descobre a Liberdade (2010) e Mano Descobre o Amor (2011), todos publicados pelas editoras Ática e Senac.
     
    Dimenstein é sempre convidado para palestras que abordam assuntos sobre educação, habilidades e competências.
     
    Deixou a Folha de S.Paulo após 28 anos de dedicação. Sobre o desligamento, explicou na última postagem da coluna: "Saio da Folha com a gratidão de quem teve suporte para fazer da vida um laboratório. Mas a Folha não sai de mim: estará sempre associada à sensação de que o exercício da imaginação é o que nos torna singulares e relevantes".
     

    Foi eleito em 2014 entre os 'TOP 100' dos '+Admirados Jornalistas Brasileiros'. Votação realizada por Jornalistas&Cia em parceria com a Maxpress. Sobre a distinção falou ao J&Cia:  “Ser admirado pela opinião pública, ou seja, os leitores já é difícil. Muito mais difícil pelos seus colegas de profissão, que conhecem os bastidores da imprensa. Dai a força desse reconhecimento. ”

    Em dezembro de 2014 destacou-se 14º lugar no ranking dos jornalistas mais premiados de todos os tempos.

    Em junho de 2015 o Catraca Livre criou um site sobre consumo social para Casas Bahia. O conteúdo aborda educação financeira, histórias de pessoas que inspiram, dicas de como aproveitar e reaproveitar materiais e alimentos, tecnologias e direitos do consumidor.

    Como Jornalista de Sustentabilidade venceu o Prêmio Comunique-se de 2015. Acrescentou à bagagem em 2015 a reeleição entre os ‘TOP 100’ do +Admirados Jornalistas Brasileiros.

    No Ranking J&Cia dos +Premiados Jornalistas da HistóriaRegião Sudeste é um dos jornalistas Top 10 Gilberto Dimenstein, pelos prêmios conquistados com o Catraca Livre. A classificação foi divulgada em janeiro de 2016.

     

    Atualizado em fevereiro/2016 – Portal dos Jornalistas

    Fontes:

    Jornalistas&Cia – Edição 1028

    https://www.portaldosjornalistas.com.br/noticia/comunique-se-anuncia-vencedores-br

    https://www.portaldosjornalistas.com.br/noticia/catraca-livre-cria-site-sobre-consumo-social-casas-bahia

    https://www.portaldosjornalistas.com.br/noticia/jose-hamilton-ribeiro-miriam-leitao-empatam-na-lideranca-todos-os-tem

    https://www.portaldosjornalistas.com.br/noticia/mais-admirados-seus-eleitores-comentam-reconhecimento