José Luiz Alves

    José Luiz Alves nasceu na cidade de Santa Maria (RS), no dia 1° de setembro de 1942.
     
    Aos 17 anos começou como fotógrafo na Companhia Jornalística Caldas Júnior em Porto Alegre. Logo em seguida passou a produzir texto e fotos para a mesma empresa. Aos 22 anos assumiu como revisor no Senado Federal, em Brasília, no ano de 1971. No ano seguinte, depois de ser preso e torturado pelo regime militar, buscou exílio politico no Chile, vivendo na clandestinidade, até 1974, entre Bolívia e Chile, usando apenas um “permisso” (documento fornecido na época para quem estava lá irregularmente).
     
    No final de 1974, já com abertura politica lenta e gradual em andamento, retornou ao Brasil, entrando pelo município de Corumbá, no Estado de Mato Grosso, atualmente Mato Grosso do Sul. Com o apoio do amigo Paulo Totti, editor executivo da Veja no Rio Grande do Sul, retornou ao Jornalismo e começar a trabalhar como correspondente da revista. No período teve por editores na Veja, além de Paulo Totti, Augusto NunesJorge EscosteguiNirlando Beirão e Hermano Henning, entre outros. Mino Carta era o editor Chefe da revista.
     
    Cobriu as crises politicas e o processo migratório em Mato Grosso que culminou com a divisão do Estado em 1977. Na mesma época, também produziu matérias na região para o jornal Folha de S.Paulo. Ainda no antigo Mato Grosso, fez matérias sobre invasão de propriedades rurais e disputas entre índios, jagunços e posseiros, numa região onde a vida valia pouco. Com a divisão do Estado de Mato Grosso se transferiu para Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, contratado como repórter especial do Jornal do Brasil. Cobriu as crises politicas que, no espaço de quatro anos, culminaram com a demissão de quatro governadores nomeados.
     
    Para ele, as décadas de 1970, 1980 e até 1990, foram ótimos períodos para se produzir matérias de impacto na região do Centro-Oeste Brasileiro. Havia um processo de desenvolvimento muito acentuado, mas que envolvia desde o contrabando até execuções por encomenda.
     
    No inicio de 1990, foi para Brasília fazer um curso de marketing como aluno visitante. Trabalhou como repórter do Jornal de Brasília, além de cobrir, para a rádio Guaíba de Porto Alegre o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. O próprio jornalista  ao comentar sua trajetória destaca momentos importantes da política nacional brasileira: “Como profissional vivenciei uma experiência indescritível, que desembocou totalmente no regime democrático, assim como o escândalo dos Anões do Orçamento. Não há nada mais gratificante, na minha opinião, para um jornalista, do que cobrir o afastamento de um presidente da República, como foi o caso de Fernando Collor de Mello, acusado de corrupção, mesmo tendo ele todo o direito de defesa”.
     
    Atuou ainda como assessor de imprensa do ex-ministro da Agricultura Sinval Guazzelli, fez parte do grupo de jornalistas que prestaram assessoria de imprensa na primeira campanha politica do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e foi assessor nas campanhas dos ex-governadores Dante de Oliveira (MT) e Wilson Barbosa Martins (MS). Foi também coordenador de Comunicação Social do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Brasília.
     
    Vivendo em Porto Velho (RO), apresenta o programa Campo e Lavoura na rádio Transamazônica, cuja programação é voltada para Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente .Escreve comentários políticos e mantém uma coluna no jornal mais antigo da região: o Tribuna Popular.
     
    Prestou assessoria ao Governo do Estado de Rondônia, produzindo texto e fotos sobre o setor produtivo.
     
    É autor do livro Memórias Torturadas (Litero Técnica, s/d), que retrata os tempos da ditadura militar, das fugas e do exílio politico. Lançou Brasiguaios: Destino Incerto (Global, 1990), relatando a vida dos brasileiros que vivem à margem da lei no Paraguai, e Porto dos Gaúchos, no Coração da Selva: Uma história real, (Unigráfica, 2002). mostrando o primeiro projeto de reforma agrária na Amazônia. Com o livro Genocídio no Madeira (Protexto, 2012), por sua vez, revela o que já se devastou na Amazônia e o que ainda pode acontecer nesta região rica e ao mesmo tempo maltratada.
     
     
    Atualizado em janeiro/2013 – Portal dos Jornalistas
    Fonte:
    Informações fornecidas pelo jornalista