Paulo Oliveira

    Paulo Oliveira da Silva nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 8 de junho de 1962. Graduou-se em Comunicação Social/Jornalismo pelo Centro Unificado Profissional da Faculdade da Cidade (RJ), em 1982. Fez pós-graduação em Comunicação Jornalística pela Universidade Cândido Mendes (RJ), em 2002, e o curso de extensão em Newsroom da Universidade da Carolina do Norte (EUA), além de vários cursos de gestão. É mestre em Administração de Negócios de Gestão de Empresas de Comunicação pelo Instituto Internacional de Ciências Sociais (Iics), em parceria com a Universidade de Navarra (Espanha).
     
    Conseguiu estágio na editoria de Esportes do jornal Gazeta do Sul, em Santa Cruz do Sul (RS), no final de 1980, antes de iniciar o curso de Comunicação, por intermediação de Guido Ernani Kuhn. Participou também do programa esportivo da hora do almoço na rádio Gazeta AM (RS). Voltando para o Rio de Janeiro, foi estagiar na redação da Gazeta de Notícias (RJ), um dos últimos jornais brasileiros a abandonar a impressão a quente. A pé, fazia a ronda pelas delegacias do centro e cobria o Fórum carioca, mandando as matérias por telefone para a editoria.
     
    Passou na prova de estágio do Jornal dos Sports (RJ) e ficou o ano de 1982 trabalhando na publicação. Terminado o período de permanência, foi indicado pelo chefe de Reportagem Paulino Senra para trabalhar na sucursal fluminense da revista Veja (SP), onde ficou de maio de 1983 a abril de 1985 e aprendeu o que realmente era rigor na apuração de uma notícia.
     
    Foi na primeira passagem pelo Jornal do Brasil (RJ), de maio de 1986 a maio de 1987, contudo, que vieram os primeiros furos de reportagem e as primeiras matérias na primeira página. Destaque para as que traziam a solução de um crime que comoveu a cidade – os matadores de um francês que vendia sanduíche natural nas praias do Leblon e de Ipanema –, e a que repercutia a expulsão do médico Amílcar Lobo do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), após ser provada sua ligação com torturadores da ditadura militar.
     
    Os primeiros prêmios, por sua vez, só vieram quando já estava em O Dia (RJ), onde foi pauteiro, repórter especial, chefe de reportagem, subeditor, editor, editor das edições regionais e editor online. Com José Luiz AlcântaraEucimar de Oliveira e o designer Júnior, foi responsável pela reformulação gráfica e editorial de A Notícia (RJ), do mesmo grupo editorial, merecendo, por isso, o Prêmio Esso 1988, na categoria Melhor Contribuição à Imprensa. Coordenou a equipe do jornal que desenvolveu o trabalho sobre a situação dos negros cem anos após a abolição da escravatura que acabou vencendo o Prêmio Fenaj de Jornalismo 1988, promovido pela Federação Nacional dos Jornalistas. No jornal, teve sua priemria participação em uma cobertura internacional, acompanhando a seleção brasileira nos preparativos para a Copa do Mundo de Futebol dos Estados Unidos 1990. Produziu reportagens – com Marcos Alves, João Antônio Barros e Stela Guedes – que denunciaram a atuação de grupos de extermínio no Rio, envolvendo policiais militares da ativa na Baixada Fluminense, além de bombeiros e comerciantes, e com isso venceu o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos 1993. Frequentou a redação de O Dia até agosto de 1997.
     
    Atuou como assessor de Imprensa até agosto do ano seguinte. Foi quando recebeu convite para participar da criação do jornal Hoje, em Fortaleza (CE),  para o Grupo O Povo, que foi lançado em setembro. Participou da equipe que ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo 1999, na categoria Regional Nordeste, com uma série de reportagens sobre o Caso Campelo, que provou o envolvimento do delegado nomeado para o cargo de Diretor Geral da Polícia Federal com a tortura do padre José Antônio de Magalhães Monteiro.
     
    Mais tarde, em 2010, em Salvador (BA), participou da criação de outro jornal, o Massa! (BA), e da revista Camarote (BA), ambos do Grupo A Tarde. Passou a ser secretário das redações: do Massa! e de A Tarde (BA).
     
    Entre as inúmeras primeiras páginas que ajudou a fazer no jornal A Tarde, merece destaque a que trouxe a manchete Tragédia em sete atos, que chamava a atenção para o desabamento de parte da arquibancada do estádio da Fonte Nova, que matou sete torcedores, na qual também trabalharam Pierre Themótheo (coordenador-editor de arte), Vado Alves (editor) e Fernando Vivas (fotógrafo). A página foi finalista do Prêmio Esso 2008. Outra primeira página memorável foi a que anunciou a posse de Barack Obama como novo presidente americano. Tão memorável que foi escolhida entre as cem primeiras páginas de jornais de todo o mundo – a única brasileira – que compuseram o livro President Obama Election 2008: Collection of Newspaper Front Pages by the Poynter Institute (Andrews McMeel Publishing, 2008). Nela trabalharam também Axel Augusto (subeditor de arte), Gil Maciel (editor de infografia), Filipe Cartaxo e Flávia Marinho (infografistas).
     
    Manteve no portal Blogger os blogs Varanda do Paulinho (de janeiro de 2009 a novembro de 2015) e Varanda Carnavalesca: Muito além do Axé Music (de dezembro de 2009 a fevereiro de 2010), onde falava de Jornalismo, Literatura, Carnaval e preferências pessoais.
     
    Saiu de licença do Grupo A Tarde em janeiro de 2014 para coordenar, em Nacala-Porto (Moçambique), uma mentoria em Jornalismo Especializado em Desenvolvimento Econômico, com ênfase no setor de Gás e Petróleo. Em outubro de 2015, passou a coordenar o Curso A Tarde de Jornalismo, programa de descoberta de novos talentos desenvolvido em parceria com o banco Santander. Deixou o Grupo A Tarde em janeiro de 2016 e passou a trabalhar como consultor autônomo.
     
    Lançou, em maio de 2016, na rede social Facebook e na plataforma Medium, o projeto Meus Sertões, que tem por objetivo contar a história de personagens sertanejos e falar sobre o semiárido brasileiro. Em setembro de 2016, o projeto alcançou o Instagram, o Twitter e um site próprio. Pretende, no futuro, que todo o trabalho redunde em um livro, contando para isso com a colaboração da historiadora Gabriela Costa e da médica Helenita de Hollanda.
     
    É sócio-fundador e foi membro das diretorias dos biênios 2012/2013 e 2014/2016 da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), onde também trabalhou como instrutor de Reportagem com o Auxílio do Computador e na tradução para o português do guia Explorando Dados de Petróleo, da organização alemã Open Oil – trabalho realizado em parceria com Marcelo Soares e Milton Machel.
     
    Além do relatado, foi chefe das assessorias de Imprensa do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Associação Comercial do Rio, atuou como professor de Redação Jornalística e Planejamento Editorial na Universidade Estácio de Sá (RJ), assessorou político em campanha, coordenou um curso de formação de comunicadores populares na Favela da Maré (RJ), fez freelancers para a Petrobras e trabalhos para o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe).
     
    “Faço o que amo”, garante ele. Credita o seu sucesso pessoal à avó Cacilda Novaes e às jornalistas (e mães de seus filhos) Joana Costa e Angelina Nunes.
     
    É torcedor do Club de Regatas Vasco da Gama e admirador do Grêmio Recreativo Escola de Samba Império Serrano.
     
     
    Atualizado em setembro de 2016
     
    Fontes:
    Informações fornecidas pelo jornalista