Tadeu Vilani

    Luis Tadeu Vilani é missioneiro, nascido em Santo Ângelo (RS), em 1965. Acredita ter aprendido a fotografar através do olhar dos diretores do cinema neorrealista italiano. 
     
    Com o tempo, por necessidade e gosto, tornou-se fotojornalista, atuando na profissão desde agosto de 1996, quando começou na sucursal do jornal Zero Hora (RS) na região das Missões. Iniciou a carreira em Santo Ângelo (RS) e cinco anos depois passou para Passo Fundo (RS), onde trabalhou de 2001 até 2008. Ainda em 2008, foi transferido para a sede em Porto Alegre (RS), onde ainda reside.
     
    Ainda em Passo Fundo, venceu o Prêmio New Holland de Fotojornalismo 2005, na categoria Tecnologia. Levou o Prêmio Conrado Wessel 2009, na categoria Fotografia, com o ensaio TV P&B, com retrratos de moradores da Vila Dique – uma favela próxima ao aeroporto Salgado Filho, na capital gaúcha –, interagindo com restos de molduras de televisões velhas em preto e branco. Em 2007 foi a vez de ganhar o Prêmio Massey Fergusson de Jornalismo, na categoria Fotojornalismo, com o trabalho A espera da terra prometida.
     
    Com outra versão do ensaio, intitulado Molduras, venceu também o concurso de fotografia Prix Photo Web Aliança Francesa 2010, promovido pela Aliança Francesa do Brasil e a Câmara de Comércio França-Brasil. A reportagem A face gaúcha da miséria venceu o Prêmio ARI de Jornalismo 2011, na categoria Fotojornalismo, e o Prêmio ABAG/RP de Jornalismo José Hamilton Ribeiro 2011, na categoria Reportagem Fotográfica: junto com o repórter Itamar Melo, mergulhou durante uma semana nas regiões mais pobres do Estado do Rio Grande do Sul, com a incumbência de retratar os gaúchos que vivem com quase nada.
     
    Publicou o livro de fotografias Olhos do Pampa (Beira – Movida Editorial, 2015), trabalho documental que retrata em preto e branco a paisagem da fronteira e o cotidiano do homem do campo. Conquistou o Prêmio José Lutzenberger de Jornalismo Ambiental 2015, na categoria Fotojornalismo, com a foto Porto Alegre, Cidade Ocupada.
     
    Ganhou o Prêmio Nacional da 29ª Bienal da Arte Fotográfica Brasileira em Preto e Branco, com a foto Pampa II, em junho de 2016. Conquistou, também, o Concurso Latino-Americano de Fotografia Documental Los Trabajos y los Días 2016, promovido pela Escuela Nacional Sindical, da Colômbia, na categoria Homem Trabalhador, com uma série de imagens capturadas na província de San Luis, na Argentina, que mostram trabalhadores do campo na lida com animais.
     
    Paralelamente ao trabalho fotojornalístico, desenvolve projetos documentais, principalmente no Rio Grande do Sul, abordando a formação étnica  do estado e as situações sociais. Mantém, por exemplo, um ensaio fotográfico sobre o legado arquitetônico das reduções missioneiras no Rio Grande do Sul, na Argentina e no Paraguai.
     
    Faz parte do Clube de Fotógrafo de Caxias do Sul (CFCX), e fez parte do Coletivo Pandorga – com Marcelo Oliveira, Pedro Revillion e Vinícius Roratto. Já realizou mostras fotográficas no Brasil, Itália, Polônia, Portugal, Argentina, México e Iraque. A coleção Masp/Pirelli 2006, do Museu de Arte de São Paulo, abriga alguns de seus trabalhos. 
     
    Manteve uma série de blogs no portal Blogger, intitulados TV P&B (de junho de 2008); Crede Ut Intelligas (de junho de 2008); Retalhos do Além-Mar (de novembro de 2008); Dopo L'Alba (de dezembro de 2008); Tadeu Vilani (de dezembro de 2008); Vila Dique (de maio de 2009); Sinos de Um Novo Amanhecer (de julho de 2009); Compadre, ¿Qué Pasa? (de agosto de 2009); Operários das Cores (de dezembro de 2009) e Guarani (de maio de 2011) que merecem ser vistos por quem gosta de Fotografia e do Fotojornalismo.
     
    Para fotografar, ainda utiliza uma Nikon FM-2, com filme Kodak Tri x 400, além de uma Nikon D-3s e uma Nikon D-5100. 
     
     
    Atualizado em outubro de 2016
     
    Fontes: