Luis Nassif

    Nascido em 24 de maio de 1950, em Poços de Caldas (MG), Luís Nassif teve sua primeira experiência jornalística aos 13 anos, editando o jornal do Grupo Gente Nova na cidade natal. Aos 15, fez estágio no Diário de Poços (MG), durante o período de férias escolares.
     
    Depois de se formar no segundo grau, em 1969, em São João da Boa Vista (SP), passou no vestibular para a Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP/SP) e começou a trabalhar profissionalmente em 1º de setembro de 1970, como estagiário da revista Veja (SP). Foi efetivado no início de janeiro de 1971. Em 1974, tornou-se repórter de Economia da revista. No ano seguinte, ficou responsável pelo caderno de Finanças. Formou-se na ECA em 1976.
     
    Em 1979, transferiu-se para o Jornal da Tarde (SP), como pauteiro e chefe de Reportagem de Economia. Lá criou a seção Seu Dinheiro, primeira experiência de economia pessoal da imprensa brasileira, e o caderno Jornal do Carro. Em 1983, mudou-se para a Folha de S.Paulo (SP), onde criou a seção Dinheiro Vivo e participou do projeto de criação do Datafolha.
     
    No início dos anos 1980, organizou, com a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional São Paulo, um seminário com todas as subseções da OAB, que resultou na primeira grande campanha pelos Direitos do Consumidor, a dos mutuários do Sistema Financeiro da Habitação. Nessa mesma década, foi um dos apresentadores do programa São Paulo na TV, ao lado de Paulo Markun e Sílvia Poppovic, umas das primeiras experiências de produção independente na tevê aberta brasileira. Produzido pela Editora Abril, era veiculado pela TV Gazeta (SP).
     
    Criou em 1985 o programa Dinheiro Vivo, na TV Gazeta, e a partir dele fundou, em 1987, a Agência Dinheiro Vivo, que desde então veicula na internet informações de Economia e Negócios. Foi comentarista de Economia da Rede Bandeirantes de Televisão e da TV Cultura de São Paulo. Também atuou no rádio, como um dos apresentadores do Jornal Gente, na Bandeirantes de São Paulo, ao lado de José Paulo de Andrade e Salomão Ésper. Venceu o Prêmio Esso de Jornalismo 1986, na categoria Principal, pela série de reportagens em que abordou diversos aspectos da edição do Plano Cruzado.
     
    Em 1987 saiu da Folha, retornando em 1991 como colunista de Economia, função que exerceu até 2006. Lançou o CD Roda de Choro (RGE, 1995), solando bandolim, acompanhado pelo grupo Nosso Choro. O trabalho foi semifinalista do Prêmio Sharp de Música Instrumental daquele ano.
     
    Desde 2005 mantém o Blog do Nassif, em que escreve sobre os mais variados assuntos, incluindo críticas à própria Imprensa. Iniciou em 2007 uma série de artigos sobre os bastidores da revista Veja (A catarse e a mídia), nos quais critica o jornalismo praticado pela publicação nos últimos anos.
     
    Introdutor do jornalismo de serviços e do Jornalismo Eletrônico no País, comanda o Portal Luís Nassif, construindo conhecimento e o blog Luís Nassif Online. Venceu, em eleição popular, o Prêmio iBest de Melhor Blog de Política, realizado pela Academia iBest.
     
    Foi vencedor do Prêmio Comunique-se de Melhor Jornalista de Economia da Imprensa Escrita nos anos 2003, 2005 e 2008, bem como do Prêmio iBest de Melhor Blog de Política 2008.
     
    Passou a ser âncora do programa semanal Brasilianas.org em outubro de 2010, na TV Brasil (RJ), onde abordava assuntos das áreas de Economia, Política e Cultura até maio de 2016. Na emissora pública, atuou também como comentarista do programa Repórter Brasil, a partir de junho de 2013 até três meses antes de sua saída da emissora, em outubro de 2016.
     
    Passou a integrar o time de colunistas do Hoje em Dia (MG), em fevereiro de 2013, publicando comentários em cinco dias por semana, exceto sábados e segundas-feiras. Em abril do mesmo ano lançou uma iniciativa independente da sua Agência Dinheiro Vivo: o piloto do GGN, “o jornal de todos os Brasis”, projeto jornalístico que pretende trabalhar temas relevantes pouco abordados pela mídia, como gestão, inovação, direitos sociais, justiça de transição etc., além da cobertura comentada das notícias do dia. Disse ele na época: “Estamos juntando um conjunto de organizações, instituições, especialistas e grupos de discussão que tratam desses temas para tentar construir e aprofundar o chamado modelo de Jornalismo Colaborativo. E também para fugir da dicotomia esquerda-direita que tem caracterizado o Jornalismo Online. Vamos começar em marcha lenta até pegar a embocadura”. 
     
    No mesmo ano, em outubro, fechou parceria de conteúdo do GGN com o iG, retornando ao portal onde por cinco anos hospedou o seu Blog do Nassif. Começou a também publicar no portal uma coluna com análises políticas e econômicas de temas apresentados e discutidos no GGN.
     
    Foi eleito em 2014 e em 2015 entre os TOP 50 dos +Admirados Jornalistas Brasileiros, segundo apuração do J&Cia em parceria com a Maxpress. Participou como entrevistado do documentário O Mercado de Notícias (2014), de Jorge Furtado. Em novembro de 2015, foi um dos debatedores da Mesa Política do Encontro de Tiradentes, ao lado de Zuenir Ventura, Marcelo Beraba e Daniela Arbex, em evento que teve Audálio Dantas como curador e apoio da Prefeitura de Tiradentes (MG) e desde Portal dos Jornalistas.  Também foi eleito para compor o Top 10 do Prêmio Os +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças 2016, iniciativa do J&Cia e da Maxpress, onde também recebeu a premiação de +Admirado Editor/Diretor do ano.
     
    Publicou os livros: O Cruzado por Dentro do Choque (Cultura, 1986); Menino do São Benedito e Outras Crônicas (Senac, 2001); O Jornalismo dos Anos 90 (Futura, 2003); Os Cabeças-de-Planilha (Ediouro, 2007), e A Casa da Minha Infância (Agir, 2008).
     
    É sobrinho do jornalista Luiz Fernando Mercadante (1936-2012), irmão da jornalista Maria Inês Nassif e primo do ator Armando Bógus (1930-1993).
     
     
    Atualizado em novembro de 2016
     
    Fontes:
    Jornalistas&Cia – Edição 1.020
    Jornalistas&Cia – Edição 1.028