Ricardo Viveiros

    Ricardo Viveiros de Paula nasceu em 18 de março de 1950, no Rio de Janeiro (RJ), cresceu em um ambiente intelectualizado da cidade maravilhosa, então Capital do Brasil, viveu por cinco anos no Paraná e três em Minas Gerais.

    Jornalista e escritor passou por importantes veículos da imprensa. Em jornais diários: Tribuna da Imprensa, O Fluminense, Jornal do Brasil, Última Hora, Diário de São Paulo, O São Paulo, Folha de S.Paulo, Hora do Povo e Diário do Comércio. Em revistas: O Cruzeiro, TV Programas, Vero, Abigraf, Vencer, WTC News e Revista da Indústria.

    Em emissoras de rádio: Nacional, Vera Cruz, Tupi, Jovem Pan, CBN e Bandeirantes; e de TV: Continental, Rio, Tupi, Excelsior, Record, Globo e Bandeirantes. Foi repórter, editor, colunista, diretor de redação, âncora, comentarista político e econômico, articulista e correspondente internacional, tendo coberto quatro guerras civis para agências de notícias.

    Ganhou duas vezes o Prêmio Esso de Jornalismo por trabalhos em equipe, além do reconhecimento concedidos por instituições públicas e privadas brasileiras e estrangeiras. As premiações conquistadas por Ricardo Viveiros estão na ‘Linha do Tempo’ deste perfil, agrupados por data, acompanhando a evolução da carreira.

    Viveiros fez uma trajetória também no teatro e começou ainda criança como ator em algumas das montagens ainda no bairro de Santa Tereza, no Rio de Janeiro. Em 1963, aos 13 anos, foi figurante no filme L’Homme de Rio, do diretor francês Philippe de Broca, suspense que recebeu duas indicações para o ‘Oscar’ (1964). Em 1965 atuou e dirigiu a encenação A Santa Ceia, por uma semana no centro do Rio de Janeiro como parte integrante das comemorações do IV Centenário da cidade. Várias funções fizeram parte da vida de Viveiros no teatro. Antes, formou-se ator na Federação das Escolas Federais Isoladas do Estado da Guanabara (FEFIEG-MEC), no Rio de Janeiro. No palco ou fora dele atuou como iluminador, ator, assistente de direção, diretor e roteirista, suas atividades nas artes cênicas estão reunidas no histórico completo da jornada profissional e pessoal de Viveiros, na ‘Galeria’ deste perfil.

    Iniciou a carreira de jornalista na revista Nova Geração, editada pela Sociedade Brasileira de Educação (SBE). Ficou na publicação de 1965 a 1969.

    Em 1967, Viveiros se dedicou a produzir roteiros e a dirigir vários documentários lançados com o apoio da Universidade Cândido Mendes (RJ) sobre personalidades brasileiras. Para a série produziu curtas metragens sobre: Carlos Drummond de Andrade, Burle Marx, Tônia Carrero, Garrincha, Luís Carlos Prestes, Fernando Sabino, Di Cavalcanti, Ziraldo e Darcy Ribeiro, entre outros. Alguns desses filmes receberam prêmios em festivais de cinema, no Brasil e no Exterior.

    Em 1968, por três dias e noites nas escadarias do Teatro Municipal, no Rio de Janeiro, ao lado de artistas e intelectuais, Viveiros participou do protesto nacional contra a Censura. Marchou pelas ruas do centro carioca empunhando um cartaz que lhe desenhou o amigo Ziraldo. Participou, ativamente, de inúmeras ações contra o Golpe Militar de 1964.

    A Continente Editorial publicou, em 1964, o seu primeiro livro de poemas, Tempo de Amor e Guerra. Na época atuava no jornal O Fluminense, o mais importante diário do antigo estado do Rio de Janeiro.

    No final de 1968, por discordar da ditadura que se instaurou no Brasil em desrespeito à Constituição e, em especial, por ter participado ativamente do histórico ato popular que se seguiu ao assassinato, pela Polícia Militar, do estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto, no Rio de Janeiro, Viveiros foi preso e torturado. Sob constante ameaça, buscou exílio na América do Norte (México), África (Argélia), Europa (França e Inglaterra) e América do Sul (Chile e Argentina). Nesse período sobreviveu trabalhando como jornalista para agências internacionais e fazendo palestras em entidades e universidades. Conviveu com importantes artistas e escritores em todos os países pelos quais passou; aprofundou conhecimentos em literatura, música e artes plásticas. 

    Na década de 1970, graças ao processo de abertura e anistia aos perseguidos políticos, voltou ao Brasil.

    Foi o curador em exposições culturais e iniciou a sua carreira de professor, motivado por Mario Henrique Simonsen e Belmiro Siqueira. Lecionou em escolas e faculdades, públicas e privadas, no Rio de Janeiro. No período trabalhou também em cinema e televisão destacando-se a sua participação como ator e diretor.

    No final de 1976, passou a viver e trabalhar em São Paulo. Na capital paulista reconstruiu sua carreira, voltando a atuar no Jornalismo, escrever livros e lecionar.

    Foi um dos fundadores e secretário-geral do Clube do Choro de São Paulo, entidade que resgata a importância desse gênero da música popular brasileira no País. O clube reuniu os baianos recém-chegados do grupo “Bendegó” entre outros grupos da música de raiz, como: Premeditando o Breque, Zimbo Trio, Eduardo Gudin e Paulo Vanzolini, sem mencionar os grandes músicos que “adotaram” o Clube do Choro, como Paulinho da Viola, entre outros.

    No início dos anos 1980, como diretor-executivo da Central de Outdoor, Viveiros criou eventos culturais, educacionais, beneficentes, cívicos e de utilidade pública na cidade de São Paulo. Dentre todos, destaca-se o projeto Arte na Rua (nacional e internacional), com o apoio do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP). Cada artista plástico, de um grupo de 30, pintou uma obra, participando assim dos 27 metros quadrados de cada quadro que resultaram na marca final do evento que foi noticiado em todo o mundo.

    Para um mandato de representação diplomática, Ricardo Viveiros foi eleito, em 1981, por dois anos representante brasileiro junto ao Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), organismo consultivo do Governo Português, com sede em Lisboa.

    Em 1982, quando da morte de Elis Regina, Viveiros escreveu um poema em sua homenagem que foi exposto em outdoors por todo o Brasil ao lado de uma foto da cantora: “A alma é um céu, o coração uma lua. Você, uma estrela, nessa paisagem noturna”. Mais tarde, o fato foi destacado no livro “O furacão Elis”, de Regina Echeverria.

    Nos anos de 1983 e 84 Viveiros participou, com outros jornalistas, artistas e escritores, do movimento nacional pelas “Diretas, já!”. O movimento estudantil buscou restabelecer eleições livres, diretas e pelo voto secreto em todo o País. Viveiros, ainda dirigindo a Central de Outdoor, foi o responsável pela veiculação nacional de outdoors da campanha, entre outras ações. Integrou em 1985, o “Movimento Pró-Constituinte”. Nesse mesmo ano, foi detido por um ato político, em plena Nova República, levado às dependências do DOPS e interrogado pela Polícia Federal, em São Paulo.

    Em 1985, embora já no Governo José Sarney, supostamente democrático, a censura proibiu filmes e canções. Ricardo Viveiros e Fernando Morais, criaram, imprimiram e distribuiram por todo o Brasil um cartão postal reivindicando: “Merda! Censura, não! Liberdade de expressão”. A mensagem tornou-se uma palavra de ordem, reproduzida em camisetas e posters por todo o Brasil.

    Viveiros integrou a comissão que organizou em 1986, as comemorações informais, populares, que marcaram o reatamento das relações diplomáticas do Brasil com Cuba. Defensor da parceria, com liberdade e independência, entre as diferentes áreas da Comunicação, foi membro da primeira Câmara de Ética do Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária (CONAR) e diretor da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA).

    Desde então segue como atuante ambientalista e colaborador voluntário em várias ONG’s: escola profissionalizante Pracatum, para meninos de rua na Bahia, criada e mantida pelo músico Carlinhos Brown; Instituto Possível, que promove jovens talentos no esporte; Instituto Pharos, voltado ao meio ambiente (com ênfase na proteção das águas); e o Projeto Ampliar, que capacita jovens em situação de risco para o mercado de trabalho. Atuou, ainda, no movimento Todos juntos contra o Câncer. Foi membro da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), órgão da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU) da Prefeitura da Cidade de São Paulo.

    Viveiros foi dirigente esportivo do São Paulo F.C. Recebeu, em 1996, homenagem do Conselho Deliberativo do clube como Notório Torcedor.

    Foi, também, coordenador executivo da primeira visita de Sua Santidade Papa João Paulo II a São Paulo (1980); membro do Conselho de Defesa da Paz (Condepaz) e diretor-geral do Museu Histórico de Fundação da Cidade de São Paulo – Padre Anchieta (Pátio do Colégio).

    Foi conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). É fundador da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABRACOM). Foi consultor na área de Comunicação Social na Área Pública do CEPAM – Fundação Prefeito Faria Lima, da Cohab-SP, da Prodam-SP e do Instituto de Engenharia (IE). Na época, professor de Relações Humanas na pioneira Escola de Serviço Público do Estado da Guanabara (ESPEG).

    Quando o Brasil foi escolhido pela primeira vez como ‘país homenageado’ da respeitada Feira Internacional do Livro de Frankfurt (1994), Alemanha, Ricardo Viveiros foi o jornalista responsável pela Assessoria de Imprensa do pavilhão brasileiro no evento.

    Também em 1997, ao lado de outros poetas integrou o projeto da Sejam bem-vindos os poetas, realizado pela Comissão Estadual de Literatura da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo (IMESP).

    Pesquisador e estudioso das artes plásticas, é autor da série de textos sobre os principais pintores e museus brasileiros, publicados por 25 anos consecutivos pela Revista Abigraf. Da série, foi lançado em 2007, o livro Da Arte do Brasil, edição bilíngue (português-inglês), com prefácio do crítico Jacob Klintowitz. Essa obra já se encontra em segunda edição e é considerada referencial sobre as artes plásticas no Brasil. Igualmente é referencial outro livro seu, 200 anos – Indústria Gráfica no Brasil, lançado em 2008 também pela Clemente & Gramani Editora, que conta a trajetória da informação impressa no Brasil, desde o Império aos dias de hoje.

    Empresário de Comunicação fundou e dirige, desde 1987, a agência Ricardo Viveiros & Associados – Oficina de Comunicação.

    A RV&A, com 28 anos de existência, em 2015, é parceira de instituições (públicas e privadas) de ensino, na criação e realização de cursos específicos de especialização em Jornalismo Institucional (assessoria de imprensa).

    Viveiros foi Diretor de Redação da Revista da Indústria (editada pela FIESP), Jornalista-Chefe da Assessor de Imprensa do Sistema Fiesp (2004-2011), porta-voz e consultor de Comunicação da presidência da entidade.

    Em maio de 2006 a Câmara Municipal de São Paulo concedeu a Ricardo Viveiros o título de “Cidadão Paulistano”. No mesmo ato, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) o homenageou pelos seus 40 anos de Jornalismo, sendo o jornalista e escritor Audálio Dantas o representante da entidade no acontecimento.

    Viveiros foi professor, entre outras instituições de ensino superior públicas e privadas, da Universidade Anhembi-Morumbi (Laureate International Universities), em São Paulo, nos cursos de pós-graduação de Comunicação Corporativa. Foi membro do Comitê Técnico de Comunicação Corporativa da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Foi membro do Conselho Consultivo do Centro São Paulo Design (CSPD) e do Conselho Superior da Associação Brasileira de Comunicação Corporativa (ABERJE). Foi conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). É fundador da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABRACOM).

    O espetáculo Moviements da New Dance Academy, Alemanha, em turnê pelo país nos anos de 2005 e 2006, apresentou música e dança criadas sobre poemas de Viveiros, extraídos do seu livro Doces Beijos Amargos.

    Em março de 2007, quando o rabino Henry Sobel foi preso nos Estados Unidos, Viveiros publicou um artigo na revista semanal Carta Capital lembrando que o religioso atuou corajosamente na defesa da liberdade e dos direitos humanos no Brasil durante a ditadura militar, e a importância de Sobel para o processo de redemocratização do País, ao lado do reverendo Jaime Wright e de Dom Paulo Evaristo Arns.

    Ricardo Viveiros foi o presidente da Comissão Organizadora do 34º Salão Internacional de Humor de Piracicaba (2007), edição que bateu todos os recordes até então da história do maior evento no gênero em todo o mundo. Integra, ainda, o Conselho Técnico Consultivo permanente do referido Salão, do qual foi presidente.

    Participou, como jornalista convidado, da Comissão de Estudos da Lei de Imprensa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em São Paulo, nos anos de 2008 e 2009. Foi homenageado pela OAB-SP, em 2009, por “relevantes serviços prestados”. Desse trabalho surgiu a ideia de criação do CONAI (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação da Imprensa).

    Ainda em 2009, o Museu da Casa Brasileira, em São Paulo, celebrou os 40 anos do escritor Ricardo Viveiros. Na ocasião, foi lançado o seu livro Coragem e vendidos, no evento, mais de 500 exemplares da obra. No ano seguinte, no mesmo local, lançou Laudo Natel, um bandeirante; cotado para se tornar em um filme de longa-metragem.

    Autor de 33 livros, poeta em seis deles, com destaque para Tempo de Amor e Guerra (6ª edição) e Doces Beijos Amargos (3ª edição), que mereceu inspirado prefácio do líder pacifista Dom Paulo Evaristo Arns. Historiador e biógrafo relacionamos todas as suas obras que podem ser conferidas na ‘Linha do Tempo’ e no ‘Cadastro Básico’ deste perfil.

    Por cinco semanas em junho/agosto de 2013, Ricardo Viveiros foi professor-visitante na Universidade de Cambridge, Inglaterra. Nesse mesmo período, também esteve na Irlanda do Norte, País de Gales e Escócia.

    Entre os vários prêmios recebidos em sua carreira, estão o Benjamin Hurtado Echeverria, como Homem do Ano da Comunicação Gráfica na América Latina, em 2010, concedido pela Confederação Latino-americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf), e o Antonio Bento, em 2011, da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), pela sua contribuição à arte e à cultura do Brasil. Viveiros recebeu, em 2012, o prêmio PubliTime de Artes Plásticas, na categoria Crítica Jornalística.

    É membro eleito da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) e integra o seu Conselho Fiscal na atual gestão. É, ainda, membro da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e da União Brasileira de Escritores (UBE). É membro eleito do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP), instituição centenária. Integra o Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje). É membro da International Association of Art Critics (AICA), em Paris, França.

    Desde julho de 2013 integra o Comitê de Programação da TV Mackenzie, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.

    Ricardo Viveiros conheceu todos os continentes em coberturas jornalísticas que superam a marca de 100 países. Segue em 2015 como articulista em grandes jornais e revistas brasileiros. É membro do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, da Federação Nacional dos Jornalistas Profissionais (Brasília, DF) e da Federação Internacional dos Jornalistas (Bruxelas, Bélgica).

    Em seus 50 anos de carreira, comemorados em 2015, Viveiros é ghost writer e, também, autor de perfis para dezenas de personalidades brasileiras. Alguns de seus trabalhos mais conhecidos (artigos, crônicas, contos e poemas) estão incluídos em antologias e livros didáticos editados no Brasil e em outros países, alguns foram adotados em destacadas instituições de ensino público e privado.

    É palestrante, constantemente convidado por diversas universidades e instituições organizadas da sociedade civil (como sindicatos, associações classistas e ONG’s) em todo o Brasil e, também, no Exterior.

    Em 2016 Ricardo e os fotógrafos Kênia Hernandes e Marcel Santana anunciaram o lançamento do livro Eu, herói: um livro emocionante sobre meninas e meninos corajosos.

    Participaram da produção da obra mais 19 profissionais que atuaram de forma totalmente voluntária em sua produção. No livro os personagens são vinte e sete meninas e meninos portadores de câncer que foram entrevistados e fotografados com as fantasias de seus heróis prediletos. O resultado é exemplo de coragem e uma mensagem de alegria contagiante que reforça a esperança no milagre da vida de crianças e jovens que lutam por ela. Produzido pela AzulSol Editora e o Click Solidário do Brasil, com o apoio sociocultural da Pró-Saúde – Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, o “Eu, herói” será lançado no próximo dia 3 de abril de 2016. Eu, herói terá receita das vendas integralmente revertida a entidades que cuidam de crianças e jovens que lutam contra o câncer.

     

    Atualizado em março/2016 – Portal dos Jornalistas

    Informações iniciais conferidas pelo jornalista

    Informações enviadas pela assessoria de imprensa – Agência Oficina da Comunicação