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quinta-feira, março 28, 2024

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Memórias da Redação ? Nem tudo é verdade

A história desta semana é uma colaboração de Wanderley Midei ([email protected]), que teve passagens por Folha de S.Paulo, Estadão, tevês Bandeirantes, SBT, Manchete e Record, foi assessor de imprensa em várias secretarias estaduais e municipais em São Paulo, da Presidência da Câmara Municipal e da Assembleia Legislativa paulista, além de editor-chefe da Imprensa Oficial. Foi também dono da WM Internet Service, a quinta empresa provedora de Internet a se instalar no Brasil, e diretor do Sindicato dos Jornalistas por quatro vezes. É autor de três livros de poesias e um de contos, e de um CD de MPB, com seus poemas musicados. “Tenho um blog onde publico meus contos, poemas e crônicas da cidade de São Paulo (http://wanderleymidei.zip.net), que eu adoro, e milhares de poemas inéditos aguardando um músico, caso alguém se interesse”. Nem tudo é verdade Numa redação como eu as conheci, nem sempre a seriedade está de plantão. Muitas vezes surgem brincadeiras entre colegas ou até alguns trotes passados pelos veteranos para os focas. Quem, da minha época, não se lembra, ou não passou, ou não foi gozado, com a calandra? Era praxe. Foca na redação tinha que ir buscar a calandra. E, às vezes, o chefe da gráfica mandava o novato voltar para a redação e perguntar se era macho ou fêmea… Enquanto isso, a redação ria às escondidas… Uma vez, eu era editor de Polícia do Estadão, fechamento bravo, todo mundo envolvido. O deadline era severo. De repente, ligo para o jornalista recém-importado de outro Estado, que coordenava as sucursais e correspondentes, e digo que recebi um telefonema dos bombeiros revelando que tinha chovido muito no Litoral Norte e que Ilhabela estava totalmente isolada do continente. “Só se chega de barco lá”, informei, como se fosse um informe passado pela “minha fonte” nos bombeiros. Era mais de meia-noite. O jornalista-coordenador imediatamente ligou para a casa da nossa Regional no Litoral Norte, provavelmente acordou-a e passou a informação. Ela não pensou duas vezes. Respondeu: “Mas é claro que só se chega de barco. Ilhabela é uma ilha no oceano…”. Ninguém riu na redação. Mas todos os olhares estavam dirigidos para a mesa do jornalista-coordenador. Ele havia recebido seu batismo, embora já fosse veterano na profissão. E agora também já sabia onde ficava Ilhabela. Minha mãe foi solenemente lembrada pelo colega naquele final de fechamento. Aí sim, todo mundo riu.

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