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sexta-feira, março 29, 2024

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Gustavo Ruffo fatura o AEA de Meio Ambiente

A dobradinha entre o repórter freelancer Gustavo Henrique Ruffo e a revista Quatro Rodas, que em 2014 já havia resultado em uma Menção Honrosa no Prêmio AEA de Meio Ambiente, voltou a render bons frutos neste ano. Com a reportagem Reinvenção da roda, que traz detalhes da tecnologia que utiliza motores elétricos nas rodas dos carros, a dupla recebeu o prêmio principal na categoria Jornalismo do concurso da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva. O anúncio foi feito em 8/6, no XVII Jantar de Meio Ambiente, na sede da Fecomercio, em São Paulo. “O Paulo Campo Grande [N. da R.: editor de testes da Quatro Rodas] me pediu para tocar a matéria. Ele tinha visto o sistema, achou interessante e me passou o material da empresa. Entrei em contato com ela, entendi a proposta e escrevi”, explica Gustavo. “Motores elétricos em rodas são um assunto que acompanho há algum tempo. Não é uma proposta exatamente nova, mas a empresa que detém a tecnologia tinha algumas inovações interessantes, como a potência do motor. Bastariam dois para um carro chegar a 204 cv, mais do que muito esportivo à venda por aí. Também pode ser instalado em qualquer carro atual, transformando o veículo em elétrico”. A reportagem de duas páginas e infográfico foi publicada na seção Auto-serviço da edição 659 da revista, de agosto de 2014. Mas apesar da alegria pelo prêmio, Gustavo, que hoje integra o time de editores do Flatout, faz um desabafo: “Para mim, a importância é provar que é possível ser um bom jornalista mesmo sem o diploma em Comunicação. É uma luta minha desde que fiz o 28º Programa de Treinamento em Jornalismo da Folha de S.Paulo, em 1998. Lutei para pegar o MTB e ficar com tudo regular e até hoje batalho para conseguir a carteira internacional de jornalista, mas a Fenaj me nega isso, mesmo com meus 17 anos de carreira. Também sou advogado – tenho formação em Direito, pelo Largo de São Francisco –, mas nunca exerci. Até entendo os colegas que defendem o diploma, ainda que não compartilhe da opinião. Só que muita gente abusa nessa defesa e é desrespeitosa, creditando até erros crassos de português a gente teoricamente sem a formação ‘necessária’. Podemos ter formação diferente, mas não necessariamente pior. Já vi muita gente com diploma de jornalismo fazendo barbaridades e isso não fez de mim um crítico dessa formação, ainda que eu a considere deficiente em muita coisa. Fiz um semestre e desisti. Acho que existe espaço para todos e o bom profissional se garante, tenha ou não o tal diploma. Acho que o que deve entrar em discussão é a seriedade na lida e o amor pelo que se faz. Esse novo reconhecimento mostra que eu busco ter sempre os dois. Mas ainda não estou satisfeito. Quero ver agora se igualo a marca do Hairton Ponciano Voz, que venceu esse prêmio três vezes! Mas tem muito chão pela frente, além do fato de ele poder ganhar mais uns tantos prêmios e mudar a referência”. Além do prêmio principal para Gustavo, o Prêmio AEA deste ano concedeu duas Menções Honrosas na categoria Jornalismo: as reportagens Moda em SP, reuso de água é praxe na indústria, do editor de Autoinforme Joel Leite, e Volume morto – qual hatch popular gasta menos combustível, de Carlos Cereijo, para a revista Car and Driver. A iniciativa reconheceu ainda trabalhos nas categorias Acadêmica, Responsabilidade Ambiental, Responsabilidade Social, Tecnologias Diesel e Tecnologias Otto.

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