
Em assembleia nessa quarta-feira (3/7) em frente à sede do Tribunal Regional do Trabalho em Maceió, jornalistas de Alagoas puseram fim à greve decretada em 24 de junho. Pouco antes, no julgamento do dissídio da categoria, o TRT não apenas manteve o piso (motivo da paralisação) como determinou um reajuste salarial de 3% de forma parcelada e retroativa à data-base, em maio, e estabilidade de 90 dias para os grevistas, sem desconto dos dias parados, mas com retorno ao trabalho nessa quinta-feira (4/7).
De acordo com o Sindicato dos Jornalistas de Alagoas, 90% da categoria que atua nas redações aderiu ao movimento grevista. Em apoio, assessores de imprensa deixaram de encaminhar releases e sugestões de pauta e estudantes de jornalismo participaram ativamente. O motivo da greve foi a proposta, pelas empresas, do corte no piso salarial dos jornalistas em Alagoas, dos atuais R$ 3.565,27, para pouco mais de R$ 2.100, o que representaria uma redução de 40%.
A atacante da seleção brasileira de futebol feminino Marta Vieira, natural da cidade alagoana de Dois Riachos, divulgou um vídeo de apoio aos jornalistas. O apoio maciço e a visibilidade da greve geraram ainda outros resultados para a categoria. Um deles foi a garantia do piso salarial aos assessores de comunicação da Câmara de Vereadores de Maceió. De acordo com o SindJornal, a conquista vai estender a luta para que se estabeleça o piso da categoria em todo o serviço público.
Nessa quinta-feira (4/7), a entidade denunciou em nota que os grevistas estavam sofrendo retaliações por parte das empresas, com demissões e mudanças de função, e, por causa disso, acionou seus advogados para as medidas jurídicas cabíveis.