Xico Sá nasceu em 6 de outubro de 1962, em Crato (CE). Estudou Jornalismo na instituição de ensino Centro de artes de Comunicação da UFPE, Recife (Pernambuco). Aos 14 anos, escrevia cordéis com os amigos sobre acontecimentos da região do Cariri e sobre futebol, um dos temas presentes em sua posterior atividade como jornalista.
Dele, a edição de número 712 (30/9/2009) de Jornalistas&Cia conta o seguinte: “Devorador de Vidas Secas, de Graciliano Ramos, teve tanta identificação com a obra que sonhava ser escritor. Aos 15 começou a colaborar, de forma ‘amadora’, com a rádio Vale do Cariri, com textos poéticos que eram aproveitados no programa Temas de amor, atração de conselhos sentimentais. Iniciou sua carreira no Recife (PE). 'Meu primeiro emprego mesmo na área foi aos 18 anos, na gráfica Comunicarte, do Recife, fazendo revisão técnica de balanços de empresas e alguns textos para jornais de empresas'. Há 14 anos, quando viu pela primeira vez o J&Cia, Xico era repórter especial na Folha de S.Paulo. 'Acompanho o J&Cia desde os primeiros passos'”.
Com um grupo de amigos, fundou o semanário O Príncipe (1980), de política, sátira e cultura. Suas primeiras reportagens saíram em O Rei da Notícia, de Pernambuco. Repórter de Futebol e Polícia, trabalhou no Tablóide e no Jornal do Commercio, ambos de Pernambuco. Como repórter, passou pela revista Veja (sucursais de Recife e Brasília) e pelos jornais O Estado de S.Paulo, Diário Popular e Folha de S.Paulo. Também tem passagens pelas revistas Bravo! e Trip, entre outros títulos.
Foi colunista dos jornais Folha de S.Paulo até 2015, passou por Diário de Pernambuco, Diário do Nordeste, O Tempo e Correio, da Bahia.
Na televisão, fez parte da bancada do programa Cartão Verde, da TV Cultura, ficou na emissora por quatro anos, até janeiro de 2012. Frequente convidado do Saia Justa, exibido pelo canal a cabo GNT, participou de várias apresentações do programa.
Pode ser considerado um profissioal multimídia. Fez incursões pela tevê, como redator da TV Globo e da MTV. Letrista bissexto, tem parcerias com Fred Zeroquatro, do grupo Mundo Livre S/A. Teve participação como ator no filme O cheiro do ralo (2006). É corroteirista do filme Deserto Feliz (2007). Entre abril de 2005 e dezembro de 2010, editou o site O Carapuceiro.
Autor de muitos livros, em julho de 2008, participou de uma das mesas de debates da Festa Literaria Internacional de Paraty (Flip), ao lado de Humberto Werneck.
Publicou as obras Paixão Roxa (Pirata, 1981), Beato José Lourenço (EDR, 2000), Modos de Macho & Modinhas de Fêmea (Record, 2003), Divina Comédia da Fama (Objetiva, 2004), Catecismo de Devoções, Intimidades & Pornografias (Do Bispo, 2006), Se um Cão Vadio aos Pés de uma Mulher-Abismo (Fina Flor, 2006), Caballeros Solitários Rumo ao Sol Poente (Do Bispo, 2007), La Mujer És un Gluebo da Muerte (Yyiyi Jammbo, 2007), Tripa de Cadela & Outras Fábulas Bêbadas (Dulcinéia Catadora, 2008), Chabadabadá (Record, 2010) e Big Jato (Companhia das Letras, 2012).
Como coautor, participou de Nova Geografia da Fome (Tempo d'Imagem, 2004), Os Cem Menores Contos do Século (Ateliê, 2004), Antologia Bêbada – Fábulas da Mercearia (Ciência do Acidente, 2004), Dentro de um Livro (Casa da Palavra, 2005), Blônicas (Jabuticaba, 2005), Desacordo Ortográfico (Não, 2006), Eu vi o mundo… (Imago Fotografia, 2006), Um Sábado no Paraíso do Swing (Panda Books, 2006), Boa Companhia (Companhia das Letras, 2007), As Cem Melhores Crônicas Brasileiras (Objetiva, 2008), Carta Para Você (Alfaguara, 2009), Pelé 70 (Realejo/Brasileira, 2010), Tempo bom (Iluminuras, 2010) e Essa História Está Diferente – Dez Contos para Canções de Chico Buarque (Companhia das Letras, 2010).
Em 2010, declarou que trabalhava em um livro sobre o jogador de futebol
Sócrates (morto em dezembro de 2011) em parceria com
Vladir Lemos, seu então companheiro no programa
Cartão Verde, da TV Cultura. Dois meses após a morte do
Doutor, ele anunciou sua saída do programa e confessou ao J&Cia que “havia perdido o pique”, já que eram muito amigos fora da tevê.
Ganhou o
Prêmio Esso 2005, na categoria
Reportagem Especializada, ao lado de
Oscar Pilagallo, pela reportagem
Anatomia de uma licitação; e o
Prêmio Folha 1994, na categoria
Reportagem, ao lado de
Vicente Duarte, pela reportagem
Mercado paralelo de bônus eleitorais. Também conquistou um
Prêmio Abril.
Lançou em agosto de 2014 O livro das mulheres extraordinárias pela editoraTrês Estrelas. Na obra, por meio de perfis e crônicas, o comentarista do programa Saia Justa, do GNT, homenageia 127 mulheres brasileiras, entre elas Gisele Bündchen, Juliana Paes, Thais Araújo e Isis Valverde.
Cinco meses depois de deixar a Folha de S.Paulo, em março de 2015, Xico Sá voltou ao posto de colunista, desta vez na edição brasileira de El País para escrever semanalmente sobre “suas três paixões”: política, futebol e amor.
Com 30 anos de experiência em redação diária, Xico usou os meses sabáticos para revisitar clássicos da Literatura, como contou em entrevista ao próprio El País, e gravar o Saia Justa Verão, ao lado de Du Moscovis, Leo Jaime e Dan Stulbach, para o GNT. E não deixou as redes sociais de lado. A interação com seus leitores via twitter e facebook seguiu firme, forte e polêmica – como sua saída da Folha.
Xico Sá segue está entre os eleitos do Prêmio Os +Admirados Jornalistas Brasileiros, TOP 10, edição 2015. Realizada por Jornalistas&Cia em parceria com a Maxpress, a votação é feita dois turnos, abrange um colégio eleitoral integrado por 48 mil profissionais, sendo cerca de 3 mil da área de comunicação corporativa e 45 mil jornalistas de redações. Nesta segunda edição da premiação foram recebidas cerca de 8 mil indicações, abrangendo quase 3 mil nomes de jornalistas. Passaram para a final 347 jornalistas da etapa Nacional.
Atualizado em novembro/2015 – Portal dos Jornalistas
Fontes:
https://www.portaldosjornalistas.com.br/noticia/xico-sa-novo-colunista-el-pais-br
https://www.portaldosjornalistas.com.br/noticia/xico-sa-comenta-sua-saida-da-tv-cultura
https://www.portaldosjornalistas.com.br/noticia/xico-sa-lanca-nesta-5-feira-em-sao-paulo-em-%C2%A0o-livro-das-mulheres-ext
Arquivo SPress/Engel Paschoal
Jornalistas&Cia 712 (setembro/2009)
Jornalistas&Cia Edição 832