Oroclides Gonçalves da Cunha Júnior nasceu em 22 de novembro de 1954, em terras gaúchas. Formou-se em Medicina na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), de Porto Alegre (RS), em 1980. Ainda estudante, muito ativo, tornou-se responsável por organizar eventos para os colegas. Acabou visitando uma rádio local para encomendar vinhetas para uma festa e saiu de lá com um convite para apresentar um programa cultural. Aceitou e começou a fazer comentários sobre Música, Cinema, Literatura, Teatro e Cultura em geral.
Já formado, era constantemente convidado a participar de programas de rádio e tevê para dar dicas de alimentação saudável e prevenção de doenças. Incentivado pela atriz Bibi Ferreira – que o convenceu a fazer uma figuração na peça Gota D’Água, de Paulo Pontes e Chico Buarque – decidiu dar uma guinada na vida e entrou para o curso de Jornalismo da Ufrgs, graduando-se em 1988.
Profissionalmente, seu primeiro trabalho foi no programa Pra Começo de Conversa, em 1983, veiculado pela TV Educativa (RS). Trabalhou, depois, na TV Gaúcha (RS), como repórter de Cultura e Comportamento. Fã da revista cultural Metrópolis, da TV Cultura (SP), resolveu mandar um videobook para a produção do programa, em São Paulo (SP), em 1990. Convidado a trabalhar na emissora, em agosto daquele ano, deu início a uma trajetória de sucesso que perdura até hoje.
Já ocupou as mais diversas funções na emissora, desde produção até edição. Fez reportagens para os programas Revistinha e Vitrine – que também apresentou –, além de ser um dos mediadores do tradicional Roda Viva, inclusive na edição em que o convidado foi o médico e ativista político Patch Adams, fundador do Instituto Gesundheit (EUA), hospital filantrópico onde se pratica Medicina gratuita com alegria e compaixão.. No Jornal da Cultura, nos anos 2000, apresentou uma coluna semanal sobre Cultura. Foi enviado especial para cobrir festivais e eventos culturais no Brasil e no exterior – como o Eurockéene, em Belfort (França) –, e apresentou o game cultural Quem Sabe, Sabe, programa juvenil de auditório.
Destacou-se mesmo, porém, como apresentador do Metrópolis, onde pôde quebrar a formalidade do uso do teleprompter, dando ao programa a leveza da informalidade que é uma de principais características da revista eletrônica. Deixou de apresentá-lo em outubro de 2011, quando passou a comandar o programa Zoom, sobre cinema, ao lado de Flavia Scherner. Por pouco tempo: voltou ao Metrópolis em maio de 2012, quando o programa foi renovado e passou a ter como âncoras Adriana Couto, de terça a sexta-feira, e Marina Person, aos domingos. Com a saída de Person, em 2015 – que não teve o seu contrato renovado em meio a uma crise financeira que levou à demissão de 53 pessoas na TV Cultura –, passou a dividir a apresentação com Adriana Couto.
Paralelamente, sentiu necessidade de retomar o curso de sua vida na Medicina e formou-se em Psicanálise, passando a praticá-la. Vê ligação entre as duas carreiras: “Como psiquiatra, aprendi a entender e ouvir o outro”, afirmou à revista Imprensa.
Atualizado em outubro de 2016
Fontes:
www.portaldosjornalistas.com.br/noticia/tv-cultura-apresenta-programacao-2013
www.noticiasdatvbrasileira.com.br/2010/10/cunha-jr-e-o-novo-apresentador-do-zoom.html
tvcultura.com.br/busca/?q=Cunh-Jr.
www.youtube.com/watch?v=eXpIH7kbdtshttp://www.rodaviva.fapesp.br/materia/182/entrevistados/patch_adams_2007.htm