Em março de 2012 a USP promoveu curso A história viva do jornalismo paulista. Durante o curso os participantes entrevistaram 15 profissionais de imprensa, entre eles, Fernando Mitre.
Voltou a receber em 2012 o Prêmio Comunique-se como Executivo de Veículo de Comunicação.
Fernando Mitre ganhou novas responsabilidades no Grupo Bandeirantes, em fevereiro de 2013. Estava há vários anos, como seu diretor de Jornalismo e assumiu também como diretor de Esportes de todos os veículos da casa.
Em novembro de 2015 assinou o prefácio do livro de Carmo Chagas Contos verdes e maduroso prefácio em que aborda a trajetória de Carmo na literatura.
No mesmo ano foi eleito entre os '+ Admirados Jornalistas Brasileiros, os ‘TOP 100’, em classificação nacional. A votação é realizada por Jornalistas&Cia em parceria com a Maxpress.
Atualizado em dezembro/2015 – Portal dos Jornalistas
Fontes:
Jornalistas&Cia – Edição 1028
https://www.portaldosjornalistas.com.br/noticia/saem-os-vencedores-premio-comunique-se
Depoimento de Fernando Mitre sobre os debates políticos na Band:
“Depois de quase 30 anos sem eleger seu presidente, o Brasil começou a se preparar para as eleições diretas à Presidência da República. Em 1988, surgiram os movimentos políticos, as articulações visando a organização das candidaturas. A Bandeirantes procurou os dois presidenciáveis mais notáveis naquele momento, Leonel Brizola e Franco Montoro, e fez o primeiro debate entre possíveis candidatos à Presidência do País. Foi um debate que acendeu as atenções e discussões sobre o que aconteceria em 1989, com as primeiras eleições diretas à Presidência após o golpe militar. A candidatura de Franco Montoro, no entanto, acabou não se concretizando e a Rede Bandeirantes, em 89, voltou à campo e realizou vários debates entre os candidatos mais significativos. Eram eles: Lula, Ulysses Guimarães, Ronaldo Caiado, Aureliano Chaves, Fernando Collor, Leonel Brizola, Paulo Maluf, Afif Domingues, Roberto Freire e Afonso Camargo. A Bandeirantes praticamente monopolizou a cobertura das eleições presidenciais porque fez uma série de cinco debates já no primeiro turno. Depois, no segundo turno, participou do pool com as demais emissoras, transmitindo os dois debates entre Collor e Lula. O primeiro nas instalações da Manchete, no Rio de Janeiro, e o segundo, que definiu a eleição, em seus estúdios em São Paulo. Devo lembrar que no primeiro turno Collor não participou dos debates, mas mesmo assim realizamos os debates com os demais candidatos. Isso fortaleceu uma tradição que já tínhamos, porque desde 82 a Bandeirantes já fazia debates entre candidatos aos governos estaduais. Mas coube à emissora realizar o primeiro debate da história do Brasil entre candidatos à Presidência da República na televisão. Depois disso, nas eleições posteriores, a Rede Bandeirantes nunca mais deixou de promover esses encontros entre os candidatos”. |
Momentos marcantes
Fernando Mitre ressalta que várias eleições tiveram seu resultado traçado após os debates realizados pela Rede Bandeirantes. Ele cita alguns exemplos: “Os debates que a Band produziu no primeiro turno em 89 praticamente definiram o perfil da eleição e o comportamento do eleitor diante dos candidatos. Foi daí que Lula saiu votado para disputar o segundo turno com Fernando Collor. Para governador, várias vezes a eleição foi definida aqui. Houve um encontro memorável no segundo turno entre Covas e Paulo Maluf: Maluf entrou no debate com mais sete pontos na pesquisa e saiu com menos sete. Perdeu a eleição ali. Houve alguns momentos curiosos, como, por exemplo, o debate do segundo turno entre Erundina e Pitta. Na véspera do debate, já agendado pela Band, a Globo decidiu fazer um encontro na mesma data. A candidata Erundina preferiu comparecer ao debate da Globo, Pitta optou pela Band. Resultado: Erundina deu uma entrevista na Globo e Pitta foi entrevistado pela Band. A audiência entre as emissoras ficou empatada; 28 a 28…” |