Helen Joyce nasceu na Irlanda. Inicialmente estudou balê, para seguir a carreira de bailarina. Aos 16 anos decidiu que queria fazer Teatro e foi para uma faculdade de teatro musical na Inglaterra. Aos 18 considerou que era boa em Matemática e tomou a decisão de se candidatar a um curso da matéria no Trinity College, em Dublin. Gostou da parte teórica, dedicou-se ao curso durante quatro anos e graduou-se em 1991. Fez especialização em Frações na Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Concluiu com distinção o curso, que era essencialmente um mestrado em Matemática e que lhe rendeu uma bolsa de estudos do British Council (Conselho Britânico) para o doutorado na University College London (UCL).
Com um PhD no currículo e uma tese de dourado em Geometria e Medidas em Espaços de Dimensão Infinita, avaliou que o tema “era incrivelmente inaplicável”. Candidatou-se então a uma posição de pós-doutorado em Cardiff, no País de Gales. Em seguida, passou dois anos na Universidade de Jyväskylä, no centro da Finlândia, financiado pela União Europeia. Foram 11 anos estudando Matemática Pura.
Começou a trabalhar em um projeto então recém-lançado, chamado Millennium Mathematics Project, que conciliava Matemática e Educação e que visava traduzir o tema em linguagem para todos os públicos de forma simples e correta. Ficou no projeto de 2002 a 2005, como editora chefe de uma revista online sobre Matemática, publicada pela Universidade de Cambridge. Até outubro de 2009, foi editora de Internacional da publicação.
Durante os quatro anos seguintes, escreveu principalmente para a The Economist sobre assuntos de Família, Educação, Sociedade e, ocasionalmente, sobre Política e Saúde. Na corrida para a eleição geral dos Estados Unidos, em 2008, escreveu uma matéria sobre os erros estatísticos cometidos pelos políticos para o site da revista The Economist. Foi, também, editora-fundadora da revista trimestral Significance, da Royal Statistical Society, de Londres.
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Em agosto de 2012, sua vida tomou um rumo inesperado: mudou-se com a família para São Paulo (SP), para assumir a Chefia da Sucursal da The Economist no Brasil. Ficará uma temporada de quatro anos na cidade, que define como o ?centro de negócios da América Latina?.
Em um artigo publicado em setembro de 2012, para a The Economist, classificou o português falado no Brasil como a “melhor língua para se aprender se você quer um retorno decente do seu investimento”. Sobre como é ser correspondente estrangeiro de uma importante e respeitada publicação explicou: ?Não é preciso ter feito Matemática na universidade, mas a formação (e não tem que ser um PhD) pode levá-lo a explicar fatos importantes de maneira simples e clara?. Sua carreira é um grande exemplo disso.
Num programa de televisão com correspondentes estrangeiros, em 2012, a âncora perguntou: ?Você tem doutorado em Matemática, era editora de Educação e de repente seu chefe diz que você vai para o Brasil. Qual foi a sua primeira reação?? Helen respondeu com um sorriso: ?Eles falam … português??
Foi vencedora do Prêmio Comunique-se de Jornalismo 2012, na categoria Embraer de Correspondente Internacional.
Atualizado em setembro/2012 – Portal dos Jornalistas
Fontes: