Aos 13 anos ingressou na Juventude Estudantil Católica (JEC) mineira e, em 1962, se mudou para o Rio de Janeiro (RJ) onde assumiu o cargo de dirigente nacional da entidade; nessa época passou a escrever os
primeiros artigos sobre assuntos de religião e educação.
Em 1964 ingressou no curso de Jornalismo da universidade do Brasil, no Rio, que abandonou no ano seguinte para retornar a Belo Horizonte onde ingressou na Ordem Dominicana.
No ano seguinte estudou filosofia e antropologia em São Paulo (SP) onde iniciou a carreira como repórter na revista Realidade e no jornal Folha da Tarde. Naquele período ainda acumulou os trabalhos como freelancer para a revista O Cruzeiro e colaborou com diversas revistas católicas, como Vozes e Grande Sinal.
Em 1968 se graduou em Filosofia em São Paulo (SP), porém, devido à perseguição da ditadura militar, não terminou o curso de Antropologia naquele período.
No final da década de 60, após a decretação do Ato Institucional nº 5 (AI-5), participou das atividades do grupo de esquerda Ação Libertadora Nacional (ALN) em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Por sua atuação contra a ditadura militar brasileira, foi preso na capital gaúcha. Trazido a São Paulo, permaneceu encarcerado por quatro anos.
Na prisão iniciou a carreira literária com a publicação de suas cartas de prisão (que trocou com familiares, confrades e amigos) entre 1969 e 1973. Essas cartas foram editadas na Itália com o título de “Nos Subterrâneos da História” e lançadas no Brasil em 1976, pela Editora Civilização Brasileira, sob o título “Cartas da prisão”.
A partir de então Frei Betto passou a escrever romances, contos e ensaios, e se tornou um escritor em paralelo com as atividades jornalísticas como articulista na imprensa brasileira e estrangeira. Hoje, é autor de 53 livros, dos quais diversos editados também no exterior, o que lhe valeu vários prêmios literários.
Como um dos defensores da Teologia da Libertação, durante a década de 80, participou da fundação e atividades de uma dezena de movimentos sociais e populares na região do ABC e na capital paulista, nos quais atuou como assessor de comunicação, coordenador e consultor. Entre eles: foi coordenador da Articulação Nacional de Movimentos Populares e Sindicais (ANAMPOS); participou da fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central de Movimentos Populares (CMP); prestou assessoria à Pastoral Operária do ABC, em São Paulo, ao Instituto Cidadania, também na capital paulista, e às Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) por todo o Brasil e países da América do Sul.
No período, atuou também como consultor nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Entre 1991 a 1996 integrou o conselho da Fundação Sueca de Direitos Humanos; e há cerca de uma década atua como membro do conselho dessas e de várias entidades dos segmentos.
Como educador, atuou como professor ainda no cárcere, onde ministrou as disciplinas de física, química e biologia além da educação religiosa. Após a prisão, trabalhou também com educação popular, tema sobre o qual muito escreveu, inclusive livros.
Durante todo esse período sempre escreveu artigos e crônicas para jornais, revistas, sites e blogs sobre religião, educação, política, ética, questões sociais e comportamento, entre outros assuntos.
Desde a década de 1990 escreve artigos para os jornais Folha de S.Paulo e O Globo sobre esses temas; posteriormente foi articulista do Jornal do Brasil do Rio e de O Estado de S.Paulo (SP).
Em 1997 passou a ser colunista da revista Caros Amigos de São Paulo, uma publicação jornalística, no qual permanece. Mais recentemente passou a ser articulista dos jornais Estado de Minas (BH), Correio Braziliense (DF), O Dia (RJ), além de escrever para dezenas de outros jornais, revistas, sites e blogs do Brasil e do exterior.
De 2003 a 2004 atuou como assessor especial do Presidente da República e coordenador de Mobilização Social do Programa Fome Zero.
Em 2006 foi um dos fundadores da revista trimestral America Libre, editada em espanhol, que dirigiu por dois anos e da qual foi articulista. O periódico é dedicado ao segmento de debates entre as posições democráticas e populares latino-americanas.
Há mais de uma década integra o Conselho Estratégico do Instituto Faça Parte, na capital paulista; em 2006 foi um dos fundadores do Programa Todos pela Educação, na mesma cidade, e, desde 2007, atua como membro do Conselho Consultivo da Comissão Justiça e Paz, pertencente à Igreja da Arquidiocese de São Paulo (SP).
Dono de uma destacada carreira literária, o frade dominicano ganhou em 1982 o Jabuti, principal prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) pela autoria do livro de memórias Batismo de Sangue (Ed. Rocco, 1982), na categoria Biografia e/ou Memórias; em 1986, foi eleito Intelectual do Ano pelos escritores filiados à União Brasileira de Escritores (UBE), da qual recebeu o Prêmio Juca Pato pela obra Fidel e a Religião (Ed. Brasiliense, 1985); em 1998 venceu o prêmio de Melhor Obra Infantojuvenil com o livro A noite em que Jesus nasceu (Editora Vozes, 2000), concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Em 2005, o júri da CBL concedeu mais um Jabuti, dessa vez, na categoria Crônicas e Contos, pela obra Típicos Tipos – Perfis Literários (Ed. A Girafa, 2004).
Por sua atuação em favor dos direitos humanos e dos movimentos populares recebeu mais de uma dezena de prêmios, troféus e homenagens, entre eles, vale destacar que em 2005, por iniciativa da UNESCO, Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e o jornal Folha Dirigida Frei Betto foi eleito uma das 13 “Personalidades Cidadania 2005”. É ilustre participante de vários congressos e eventos nacionais e internacionais como as edições do Fórum Social Mundial.
Frei Betto é filho do advogado e jornalista Antônio Carlos Vieira Christo e da autora de livros de culin&aamp;aacute;ria mineira Maria Stella Libanio Christo.
Atualizado em novembro/2012- Portal dos Jornalistas.
Fontes:
https://twitter.com/freibetto, acessado em novembro/2012,
http://www.ube.org.br/biografias-detalhe.asp?ID=1005, acessado em novembro/2012,
http://www.cienciaefe.org.br/jornal/arquivo/betto/timor.htm, acessado
em novembro/2012,
http://www.nodo50.org/americalibre/, acessado em novembro/2012,
https://docs.google.com/viewer?
a=v&q=cache:e40SRdIPsgUJ:www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_lit/definicoes/verbete_imp.cfm%3
Fcd_verbete%3D5749%26imp%3DN+&hl=pt-
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6iFMyx-Fej&sig=AHIEtbRRvbTyQTHa0_Vhu-eQC9Otps2HoQ,
acessado em novembro/2012,
Com informações fornecidas pela agente literária do jornalista em outubro de 2012.