Alexandre Oltramari nasceu em Porto Alegre, RS, em 13 de maio de 1972, formou-se Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul em 1998. No mesmo ano, mudou-se para Brasília para atuar na redação da revista Veja, onde consolidou sua carreira.
Depois de 24 anos do golpe militar, Alexandre Oltramari conseguiu a primeira confissão de um torturador na história brasileira, exibida na matéria de capa da revista Veja, na edição de 9 de dezembro de 1998. O ex-agente da ditadura Marcelo Paixão de Araújo assumiu publicamente que torturou mais de 30 presos políticos. A entrevista de Alexandre virou referência entre estudiosos do regime militar e consta em obras consagradas como A Ditadura Encurralada e A Ditadura Envergonhada, de Elio Gaspari.
Em 2000 fez rápida passagem nos jornais Folha de S.Paulo e Correio Braziliense, como repórter especial. Foi com a matéria Estão saqueando os cofres do FAT, sobre o Fundo de Amparo ao Trabalhador, publicada pelo Correio Braziliense, que o jornalista ganhou o prêmio o Esso.
Em 2001 voltou para a redação da revista Veja, onde foi editor na sucursal Brasília até 2010. Nesse período, ganhou o Prêmio Abril de Jornalismo em nove edições.
Em 2005, duas reportagens assinadas por Oltramari provocaram uma reviravolta na recente história brasileira. Em 6 de julho de 2005, a matéria de capa O elo se fecha revelou a ligação entre Marcos Valério e o Partido dos Trabalhadores. A matéria mostrou, com documentos, que os empréstimos retirados pelo PT, no valor de 2,4 milhões no BMG, foram avalizados por Genoíno, Delúbio Soares e Marcos Valério.
A outra matéria foi capa foi revista Veja publicada em 7 de setembro de 2005. Com o título O mensalinho de Severino, a reportagem foi decisiva para a queda de Severino Cavalcanti da presidência da Câmara dos Deputados. O repórter revelou que o deputado recebia mesada de 10 mil reais do dono de um restaurante, que era extorquido para manter o estabelecimento funcionando no prédio do Congresso.
A reportagem que levou à queda de Severino Cavalcanti da presidência da Câmara, em 2005, foi o momento mais marcante da carreira de Alexandre Oltramari. Como matéria-capa apontava valores, datas e locais em que os pagamentos a Severino aconteciam: dentro do Congresso Nacional. Alguns dias depois, com a quebra do sigilo bancário de um dos envolvidos, surgiram as provas que confirmaram a reportagem e selaram o destino de Severino. Quinze dias depois da publicação para não ser cassado, Severino renunciou à Presidência da Câmara dos Deputados no dia 21 de setembro de 2005.
Em 2007, Alexandre Oltramari quebrou o silêncio de Rosane Collor, mulher do ex-presidente Fernando Collor de Mello à época do impeachment. A ex-primeira dama contou ao repórter de Veja que ela e o ex-marido participavam de rituais que sacrificavam animais e que tinha medo de que o companheiro cometesse suicídio.
Alexandre Oltramari é sócio-fundador do escritório de comunicação e marketing +55, lá já participou da coordenação de campanhas eleitorais, como a que elegeu o governador Marconi Perillo, em 2010. Foi o coordenador da campanha de Washington Luiz para prefeito de São Luís em 2012 e participou da pré-campanha de Aécio Neves para presidente da República.
Alexandre incentiva os estudantes de jornalismo a seguirem no ramo investigativo: “Coragem, persistência, dedicação e ética são os elementos de uma carreira de sucesso”.
Atualizado em junho/2014 – Portal dos Jornalistas
Informações conferidas pelo jornalista.