Jarbas Oliveira nasceu na pequena Cedro, no Ceará, tornou-se fotográfico profissional em 1985 quando tinha 20 anos. Em 1983, com 17 anos, Jarbas comprou uma Minolta — “inapropriada para determinados trabalhos, em função da ausência de fotômetro, mas bastante apropriada para registrar os primeiros trabalhos que renderiam alguma remuneração”, disse ao repórter Willkier Barros, da Associação Brasileira de Imprensa, ABI, em 2008.
Véspera do ano de 1984 em que o Brasil vivia um período conturbado, com movimentos sindicais e estudantis, a criação do Partido dos Trabalhadores e o surgimento da figura do Luiz Inácio Lula da Silva, Jarbas, atento às muitas mudanças pelas quais passava o País, conseguiu emplacar seus primeiros trabalhos em revistas como Senhor e Visão, e em muitos jornais.
Ainda incerto quanto ao seu futuro, optou por entrar no curso de Agronomia, da Universidade de Fortaleza (Unifor), uma instituição privada, para o com o intuito de ajudar seus pais, agricultores. Lá, participou de um concurso de fotografia e ficou em 2º lugar: “Isto me fez refletir sobre a minha escolha profissional. O resultado é que abandonei a Agronomia dois anos depois, já no fim da ditadura, comecei a fotografar para sindicatos”.
Seguiu na trajetória conquistando aos poucos a imprensa nacional. Suas imagens foram impressas nos mais importantes veículos de comunicação do País: O Globo, Estado de São Paulo, O Dia, Diário de São Paulo, Agora São Paulo, Correio Brasiliense, Estado de Minas, Zero Hora e Folha de São Paulo onde já trabalhou na redação.
Após publicar uma foto no Estadão decidiu cursar Jornalismo. Fez o curso na Universidade Federal do Ceará. Como repórter conseguiu seu primeiro estágio, na redação do jornal cearense O Povo, onde trabalhou como revisor ao mesmo tempo em que fotografava para a agência Ágil, de Milton Guran e André Dusek. No Ceará trabalhou também no Diário de Nordeste. Cobriu a visita do Papa João Paulo II ao Brasil, em 1992.
Por cinco anos Jarbas foi professor da cadeira na Universidade Federal do Ceará, na disciplina de fotojornalismo. Convidado para cobrir a Copa do Mundo de Futebol de 1998 na França para O Povo, ano em que deixou a carreira acadêmica em suspenso.
Em 2000, foi convidado pela Folha de S.Paulo para cobrir as eleições paulistas, durante três meses. Chegou a pensar em se fixar no estado, mas era o início de um período de grandes cortes nas redações e ele resolveu virar frila, trabalhando para jornais e revistas como O Dia, Agora São Paulo, Correio Braziliense, Estado de Minas, Zero Hora, Veja, Época, IstoÉ, Quem, Caras e Casa Claudia, além das agências EFE (espanhola), Reuters (inglesa) e Associated Press (norte-americana).
Retornou ao Ceará e definiu que o trabalho como freelancer era melhor. Produzindo em média uma pauta por semana, ganhava muito mais que os colegas que estão dentro das redações. Sobre a decisão, rematou: “como diz o ditado, jacaré que não nada vira bolsa”.
Seguindo a trajetória Jarbas tem ‘o olhar’ como instrumento de trabalho. Tem suas fotos são distribuídas pelas agências Estado, Folha Press, Globo, Futura Press para diversos clientes dentro e fora do Brasil.
Além dessas agências e jornais tem fotos publicadas em revistas como Época, Isto É, Contigo, Veja, Quem, Caras, Placar, Cláudia, Exame, Quatro Rodas Frota. Seus cliques também já ultrapassaram fronteiras pelas agências internacionais EFE, Reuters e Associated Press.
Tem seu trabalho distribuído e comercializado também no banco de imagens “Imagem Brasil”.
No currículo da atividade de professor também traz a experiência de ministrar cursos de Fotografia para crianças em assentamentos do MST, adolescentes da Periferia de Fortaleza e em escolas particulares influenciando muitos jovens a seguirem carreira nos caminhos do jornalismo contado através da imagem.
Participou de diversas exposições coletivas: 38º Salão de Abril; América Latina: 500 anos de conquista, ocupação, submissão – Munique, Alemanha 1992; Dependentes da Luz – Fortaleza (interior o estado)1993; Fotojornalismo Ceará – Coletiva, 1994; Foto-retrospectiva 2000 – Associação dos repórteres fotográficos de São Paulo – São Paulo,2000; Pedras que cantam.
Participou dos livros Memória do Caminho, Ceará Terra da Luz e Beberibe, Mar, Sertã e Gente.
Nos últimos anos vem se dedicando também a trabalhos autorais. É autor de dois livros de Fotografias: O livro das horas da Praça do Ferreira, um livro sobre a praça mais importante de Fortaleza, com crônicas do escritor José Mapurunga; Da Cor do Norte, em 2012, com texto de João Jesus de Paes Loureiro, sobre a produção de Brinquedos de Miriti no município de Abaetetuba, no Pará.
As imagens de podem ser conferidas no portfólio de Jarbas de Oliveira.
Jarbas executa também trabalhos de Publicidade, Moda, Eventos corporativos, Assessorias de Imprensa, Eventos Esportivos e Revistas Especializadas.
<lt;/p>
Atualizado em março/2016 – Portal dos Jornalistas
Fontes:
http://www.abi.org.br/em-busca-de-espaco-para-as-pautas-do-nordeste/
http://www.jarbasoliveira.net/about-me
http://www.psicorh.com.br/2013/01/dia-do-ceara-214-anos-de-independencia.html