Ruben Berta foi tentar um estágio no jornal O Globo em 1999. Na prova de redação, lhe foi dado tema livre. Começou a escrever: “Era uma vez…”. Assim iniciou-se no Jornalismo, com uma fábula. Foi contratado e começou a trabalhar em O Globo em novembro de 1999. Como repórter, atuou nas editorias Rio, Especial e Nacional da publicação.
Com a série de reportagens Três gerações na rua conquistou o Premio de Periodismo Sociedad Para Todos 2005, de Bogotá (Colômbia), e Menção Honrosa do Prêmio Ibero-Americano de Comunicação pelos Direitos da Infância e da Adolescência 2005, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), junto com <lt;strong>Cristiane de Cássia, Selma Schmidit, Taís Mendes e Marizilda Cruppe. A matéria também foi escolhida para integrar o ebook 90 Anos: Noventa Reportagens (Globo, 2015), organizado por Cesar Tartaglia e Paulo Thiago de Mello, sobre algumas das melhores matérias publicadas no matutino, em comemoração ao seu nonagésimo aniversário de existência.
Morador da Ilha de Guaratiba (RJ), no dia 6 de abril de 2010 transformou sua tentativa de ir para a redação em matéria para o jornal. Uma enchente na região, motivada por uma maré alta e por fortes chuvas, tornaram o caminho intransitável. Voltou para casa e contou sua experiência na reportagem Ilha de Guaratiba fez juz ao nome no temporal, que foi publicada em O Globo.
Durante a Copa do Mundo de Futebol Brasil 2014, quando cobria como enviado especial a viagem da Seleção Brasileira à Fortaleza para enfrentar a Seleção da Colômbia, entrevistou Neymar, um menino de rua que viu ser expulso do hotel em que o repórter estava hospedado. Perguntou o que ele queria ser quando crescesse e a resposta veio rapidamente: “Turista. É, turista. Gringo. Quem é turista vive muito bem, não vive? E sabe falar inglês também, não sabe?” A matéria sobre o menino Neymar foi citada por Jorge Antonio Barros, na coluna de Ancelmo Gois, em O Globo, como “excelente exemplo do bom e velho jornalismo de sempre”, e “até agora, (…) a melhor reportagem da Copa”.
Fez parte, entre março e abril de 2015, com Chico Otávio e Fernando Rodrigues, da equipe comandada por Cristina Tardáguila encarregada de investigar as informações de um banco de dados sobre 8.667 contas secretas relacionadas com clientes brasileiros do banco HSBC na Suíça, recebidas do Consórcio Internacional de Jornalistas Internacionais (Icij). Publicou, em equipe, uma série de artigos revelando dados sobre as contas secretas do período 2006 a 2007 que envolviam políticos, empresários e celebridades do País, o que forçou o Senado e a Autoridade Tributária do Brasil a abrir investigações sobre a matéria.
Deixou o jornal em janeiro de 2017, quando a Infoglobo unificou as redações de O Globo e de Extra, provocando a demissão de dezenas de profissionais.
Atualizado em janeiro de 2017
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