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terça-feira, novembro 26, 2024

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Demissões de jornalistas mobilizam Sindicato mineiro e oposição

A exemplo do que vem ocorrendo em várias regiões do País, Minas Gerais também tem muitas demissões de jornalistas, estimando-se em mais de 60 profissionais apenas no primeiro semestre.  O Sindicato de Jornalistas de Minas Gerais informa que acompanha e procura atuar da melhor forma possível, dialogando com as empresas, buscando a mediação do Ministério do Trabalho e defendendo os direitos dos trabalhadores. Segundo o presidente Kerison Lopes, os casos mais graves de demissão em massa, como os de Veja BH e de O Tempo, receberam atenção especial: “Para os dispensados pela Veja BH, conseguimos que recebessem os mesmos benefícios concedidos pela Editora Abril aos jornalistas demitidos em São Paulo. Quanto aos demitidos por O Tempo, solicitamos a mediação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, que marcou uma reunião com a empresa. Infelizmente, a Sempre Editora não compareceu, o que levou a SRTE a acionar a Procuradoria Regional do Trabalho para apurar a denúncia de demissão em massa, considerada muito grave”. Lopes também assegura que o Sindicato ainda está em campanha salarial no segmento de jornais e revistas, aproveitando a visita às redações para denunciar as demissões e discutir ações de mobilização e luta: “Ao mesmo tempo em que demitem, as empresas jornalísticas resistem até mesmo em repor as perdas salariais de 2014. Para fortalecer a luta, nos unimos aos trabalhadores gráficos e da administração. Os sindicatos agora estão atuando em conjunto para enfrentar a intransigência dos patrões e as demissões”. Para a Oposição Sindical dos Jornalistas de Minas (OSJM), as recentes demissões são consequência de uma lei que existe desde a ditadura militar. Adriano Boaventura, integrante da OSJM explica que a Lei do FGTS (5.107/66) substituiu a estabilidade do trabalhador por uma indenização (anteriormente, garantia-se estabilidade após dez anos de trabalho na empresa). “Hoje, o jornalista não tem mais plano de carreira. Antes, recebia aumento, subia de posição, de acordo com o tempo de trabalho. Atualmente, isso não existe mais. Não há mais constância. Por isso, desde 2011, lutamos para garantir a estabilidade do jornalista”, declara. > A oposição participa dos congressos do Sindicato para ressaltar a importância de garantir estabilidade no emprego do jornalista e entende que “as demissões são resultado também da crise econômica, do desenvolvimento de mídias digitais e da existência de um Sindicato aparelhado e que pensa pouco nos direitos dos jornalistas”. 

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