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sábado, novembro 23, 2024

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Diário de Pernambuco demite 30 e praticamente fecha três editorias

Com salários atrasados desde fevereiro e sem recolher há tempos FGTS e INSS, o Diário de Pernambuco, mais antigo jornal do País em circulação (foi fundado em 7/11/1825), cortou perto de 30 dos 90 profissionais da Redação no último dia 28/3 e, com isso, praticamente extinguiu três editorias: Esportes, Fotografia e Viver (Cultura).

J&Cia apurou que dirigentes do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco e da Fenaj e profissionais vinculados à empresa vinham tentando, com mediação do Ministério Público do Trabalho, encontrar uma alternativa de salvar o jornal, em grave crise financeira desde o ano passado, e, consequentemente, as vagas de trabalho. Mas a situação começou a desandar quando, em reunião de negociação em 16/3, Alexandre Rands, presidente da empresa, disse estar arrependido de ter comprado o jornal em 2015 com seu irmão Maurício, chamou o diário de “porcaria” e afirmou que precisaria dispensar 30 profissionais “sem o pagamento de verbas rescisórias”. As negociações não avançaram e a empresa optou foi fazer as demissões sem concluir o processo de mediação. O Sinjope e a Fenaj emitiram nota em que “repudiam veementemente o extremo desrespeito com que os sócios majoritários do Diário de Pernambuco procederam em relação ao desligamento dos jornalistas” e historiam a situação.

Entre os que deixaram a empresa estão Diogo Carvalho, Edilson Segundo, Peu Ricardo, Fernanda Guerra, Filipe Torres, Bruna Siqueira, Wagner Oliveira, Teresa Maia, Patrícia Fonseca, Isabelle Barros, Luiza Maia, Rafael Martins, Paulo Goethe, Marcel Tito, Yuru Lima, Cassio Zirpollo. Zé Augusto, Annaclarice Almeida e Zé Gustavo (diagramação).

 

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