Antonio Carlos Carvalho Ferreira, mais conhecido como Tonico Ferreira, decidiu não esperar o fim de seu contrato com a TV Globo, que se encerraria em 2020, e acertou sua aposentadoria com Ali Kamel, diretor da Central de Jornalismo da emissora, onde está desde 1981, ultimamente atuando como âncora e repórter especial em São Paulo.
Arquiteto por formação, começou como diagramador na Folha de S.Paulo em 1967 e, na mesma função, teve passagens por Folha da Tarde, Veja e Realidade. Em 1972 envolveu-se no projeto do alternativo Opinião, no Rio de Janeiro, e posteriormente em outro da mesma linha, Movimento, em São Paulo, onde foi diretor responsável. Teve depois uma breve passagem pela Band até ser chamado para ser repórter da TV Globo.
No comunicado em que informou a saída dele, escreveu Kamel: “Tonico esteve em todas as grandes coberturas do Jornalismo da Globo nas últimas três décadas. A morte de Tancredo Neves, os planos econômicos que tentaram conter a inflação, o impeachment de Collor, as privatizações de FHC, as inúmeras viagens de Lula. Foi também correspondente da Globo em Londres e um dos repórteres que mais cobriu os impasses políticos e as desventuras das frágeis democracias latino-americanas. Cruzou o País atrás de histórias e personagens brasileiros. Jornal Nacional, Globo Repórter, Globo Natureza, nunca houve pauta ruim para o Tonico. Aliás, como ele mesmo diz, para divertimento dos seus colegas: “Tudo o que acontece no mundo se resume em 60 pautas”. Ele sempre caprichou em todas elas. Tonico tem alma de repórter”
Aos 70 anos de idade, Tonico diz querer ter mais tempo para estudar, ler, viajar e estar perto da família.