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domingo, novembro 24, 2024

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Paulo Mancha com suas guitarras e tubaínas no PJ

Era uma noite de janeiro de 1992, quando os amigos Paulo Mancha ? apelido de Paulo Rogério D?Amaro, por conta de uma mancha de nascença de carrega no peito – e Paulo Bife conversavam alegremente ao sabor da tubaína Maracanã. Praticavam o esporte favorito dos dois: falar mal de tudo e de todos, especialmente das bandinhas de rock da época, as quais acreditavam piamente que brilhariam no exterior, empolgadas com o sucesso dos brasileiros do Sepultura. Foi então que surgiu a ideia de fazer um movimento oposto: ?conquistar o interior e satirizar esses grupelhos de rock?, segundo Mancha. Nascia, assim, a Tubaína do Demônio, com seus hits escrachados, misturando caipira e rock. Cidades do interior paulista, como Boituva, Presidente Prudente, Cajuru e, com especial afeto, Birigui – que Mancha classifica como um “lugar mágico” – viraram temas de suas canções. O caso de amor com Birigui surgiu da busca por uma rima para o verso ?Minha alma eu perdi?, para o qual, em uníssono, os amigos emendaram: ?Devia ter ficado em Birigui!?. Estava atado o laço. Discos foram lançados, Tubaína do Demônio virou só Tubaína, novos integrantes vieram, outros saíram e a relação com Birigui também sofreu abalos, por conta de calotes com contratantes locais. Mancha, que a essa altura já desistira de viver da música, seguiu como pilar de Tubaína, agora puramente por amor à arte.

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