Parceiro deste J&Cia no Rio Grande do Sul, o portal Coletiva.net comemorou em 26/4 a marca de 20 anos de cobertura do mercado gaúcho de comunicação e marketing e passou a adotar o slogan Coletiva.net – Feitos, Fatos e Futuro. “Feitos porque nesses anos contamos e registramos a trajetória do mercado gaúcho”, explica a publisher Márcia Christofoli. “Fatos porque é deles que vivemos e futuro porque estamos sempre atentos às tendências”.
Ela destaca a gratidão ao mercado do RS que tão bem recebe a equipe do portal: “Circulamos nas redações, agências e setores de comunicação sempre com o intuito de melhor informar e somos muito bem recebidos. Também somos acionados por eles quando querem divulgar algo e isso demonstra nossa credibilidade, conquistada sempre priorizando o bom jornalismo para informar com qualidade”.
Márcia assumiu o portal em setembro de 2016, quando os sócios-fundadores José Antonio Vieira da Cunha e José Luiz Fuscaldo decidiram dedicar-se a outros negócios da empresa e vendê-lo “a quem garantisse a linha editorial e conhecesse a essência do veículo”. Na época, Márcia, que por quatro anos trabalhara no portal, prestava serviços por sua empresa.
Confira a seguir a entrevista que ela deu a J&Cia sobre a trajetória do portal:
Jornalistas&Cia – Como o Coletiva.net avalia esses 20 anos de estrada?
Márcia Christofoli – Completar duas décadas é, sem dúvida, um grande feito. Além de termos conquistado o respeito e a credibilidade do mercado gaúcho, Coletiva.net serve como uma memória da comunicação do Rio Grande do Sul. Ter esse reconhecimento é algo que nos engrandece e, proporcionalmente, aumenta a responsabilidade para com o público.
J&Cia – Quais os principais negócios hoje vinculados ao projeto do Coletiva?
Márcia – Além do portal, alimentado diariamente, produzimos quatro revistas impressas, com versão online exclusiva e estendida, cujo selo é Tendências – Tendências Comunicação, Tendências Inovação, Tendências Academia e Tendências Comunicação Empresarial. Temos ainda um projeto chamado Coletiva Debates – Precisamos conversar, que é um evento voltado ao mercado, para que este troque ideias e experiências sobre variados temas da comunicação. Há também o produto Cobertura em tempo real, que acontece quando levamos nossa redação para dentro de eventos da área, reportando ao público tudo o que acontece, gerando conteúdo diferenciado e exclusivo.
J&Cia – Quais as principais mudanças ocorridas no site nesse período?
Márcia – A empresa começou com um boletim impresso e semanal, enviado por fax a um mailing de cerca de 100 formadores de opinião. Cerca de um ano depois, migrou para o ambiente online e de lá para cá uma série de mudanças ocorreu. Não apenas em termos de tecnologia, mas em equipe, novas editorias, novos produtos. O próprio público, que antes era predominantemente de pessoas mais velhas, hoje está mais polarizado e democrático. Além disso, ampliamos os conteúdos e buscamos democratizar ainda mais o espaço.
J&Cia – E em relação ao mercado, quais foram as principais mudanças observadas?
Márcia – O mercado da comunicação foi, sem dúvida, um dos mais afetados pela tecnologia. Esta foi capaz de mudar a forma e, principalmente, a intensidade com que as pessoas consomem informação. Destaco ainda a velocidade com que as diversas mudanças ocorreram. O boom das redes sociais foi exorbitante e, agora, temos a onda dos aplicativos. Todas essas plataformas, que mexem com o ecossistema do mercado como um todo, deixam um legado significativo.
J&Cia – Como anda a situação do mercado gaúcho de comunicação e publicidade? E as perspectivas?
Márcia – Não apenas o Rio Grande do Sul, mas o País como um todo sobrevive a um mercado machucado sob a ótica econômica e política e não há como não respingar na comunicação de forma generalizada. A consequência mais visível é um mercado receoso com os próximos passos e instável no que tange à “roda girar”. De mais a mais, o Sul tem características muito próprias, como o bairrismo excessivo e até uma certa síndrome de vira-latas. Por outro lado, exportamos talentos o tempo todo. Apesar disso, o mercado aparenta vir a ser mais otimista nos próximos meses, o que gera uma sensação de alívio em muitos e o faz movimentar-se com mais segurança. Aos poucos, é claro, mas a perspectiva é melhor do que nos últimos dois ou três anos, mais ou menos.
J&Cia – Do ponto de vista econômico, como o Coletiva tem buscado a sobrevivência? Que caminhos espera perseguir nos próximos anos?
Márcia – Veículos essencialmente digitais enfrentam dificuldades históricas, especialmente em função da pouca cultura de investimentos de marcas nesses meios. Porém, parece-me que as coisas, ainda que a passos lentos, começam a mudar e os anunciantes percebem o quão importante é trabalhar suas marcas no ambiente online. Além disso, projetos especiais são o que tem marcado esta nova gestão, pois as possibilidades de negócios estão cada vez mais variadas, dando assim maior sustento econômico ao negócio em si. Projetamos seguir nessa linha: mantendo fortemente a credibilidade e a seriedade com que lidamos com a informação, mas buscando cada vez mais negócios diferenciados.
J&Cia – Algo mais que julgue importante ressaltar?
Márcia – Acho essencial destacar que o sucesso do portal não é apenas fruto da atual gestão. Os fundadores, que deram ao Coletiva.net o corpo e a sustentabilidade que ele tem hoje, foram essenciais e deixaram um legado absolutamente sólido para que nós, da nova diretoria, pudéssemos trabalhar em inovações, focados em dar ao veículo o tamanho que ele merece.
Atualmente, além de Márcia, a equipe do Coletiva.net é formada por Gabriela Boesel (editora), Patrícia Lapuente (coordenadora de Comunicação), Karen Vidaleti (coordenadora de Projetos Especiais), Bruno Dornelles (assistente de redação), Carlos Redel (repórter), Patrícia Castro (repórter), Iraguassu Farias e Matheus Freire (Comercial).