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sábado, novembro 23, 2024

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Celso Barbosa diz que vai processar Revista de História

Celso de Castro Barbosa vai entrar com uma reclamação trabalhista contra a Sociedade de Amigos da Biblioteca Nacional (Sabin), seus ex-empregadores, e processá-la por danos morais devido à nota divulgada pela entidade na qual atribui ao jornalista a responsabilidade integral sobre a resenha do livro A privataria tucana, de Amaury Ribeiro Jr., publicada no site da Revista de História em 24 de janeiro deste ano. Poucos dias depois o texto foi retirado do ar e seu autor, demitido, assim como o editor-chefe Luciano Figueiredo. A resenha, elogiosa ao livro, provocou indignação na direção do PSDB, que ameaçou processar o autor e a publicação devido ao conteúdo. Sérgio Guerra, presidente do partido, enviou cartas à ministra Ana de Hollanda e a Figueiredo, ?repudiando as falsas acusações e insinuações? de Barbosa, segundo aspas reproduzidas pelo Globo em 2/2 (que também cita Marcos Sá Correa, jornalista responsável da revista e que está afastado de todas as atividades profissionais há meses em decorrência de problemas de saúde, como um dos destinatários do protesto de Guerra). A nota da Sabin pediu desculpas a eventuais ofendidos e afirmou que ?todos os textos do site e da revista são avaliados internamente pelos editores, o que não ocorreu? com o de Barbosa, e que ?o artigo é um posicionamento pessoal do repórter e contraria a linha editorial da Revista?. Ele negou que tenha sido o único responsável pela publicação. ?Meu texto foi, sim, lido e avaliado pelo editor do site, por minha chefe imediata e, ainda depois de publicado, pelo próprio Luciano Figueiredo?, afirmou Barbosa em carta endereçada à Sabin, anterior à ação. Vivi Fernandes de Lima, editora-assistente da revista, e Felipe Sáles, então editor do site, corroboram em depoimento ao Sindicato de Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro que leram o conteúdo antes da publicação. O Sindicato afirmou que vai auxiliar o profissional em sua luta jurídica, exigindo que a Sabin se retrate e publique a verdade sobre o caso, e por entender que a entidade ?contrata jornalistas sem carteira assinada e que trabalham nove horas por dia”. A Sabin reforçou, numa segunda nota publicada na última 6ª.feira (30/3), que não interfere no conteúdo editorial do veículo e que as demissões dos profissionais não têm relação entre si: Barbosa teria sido dispensado numa divergência com Figueiredo, esta sim sobre o conteúdo da resenha; e o editor foi afastado por questões administrativas. É importante destacar que a Sabin não tem vínculo com o Governo Federal, sendo uma instituição sem fins lucrativos ? com entidades privadas entre os sócios ?, que gere uma revista com operação comercial, cuja parte editorial é fundamentada nos livros, documentos, iconografia e outros arquivos da Biblioteca Nacional. 

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