Miraj Chowdhury, da Rede Global de Jornalismo Investigativo (GIJN, em inglês) produziu um manual com dicas e conselhos para uma cobertura ética do Covid-19, o coronavírus, além de informações para manter os jornalistas em segurança. A iniciativa visa a combater a grande quantidade de fake news e boatos, bem como o pânico generalizado proveniente das notícias sobre a doença.
O manual destaca o uso de termos como “medo” ou “morte”, que acabam espalhando o pânico entre os leitores. Recomenda-se a redução desta prática, alertando também sobre o cuidado com fotos sensíveis e manchetes sensacionalistas. É preciso destacar as formas de prevenção e dados estatísticos, que tornam o texto menos aterrorizante.
Outro importante tópico é a segurança dos jornalistas na cobertura da doença. Para obter informações, os profissionais de imprensa devem “ir a campo”, e isso pode submetê-los a uma série de riscos à saúde. Portanto, o manual destaca algumas práticas de prevenção, como o uso de luvas, máscaras e roupas de segurança; evitar o contato com superfícies contaminadas; descontaminar o equipamento utilizado; higienizar as mãos sempre que possível, entre outras.
Em relação aos dados científicos, recomenda-se buscar informações com profissionais e entidades especialistas em saúde, para garantir a obtenção de conteúdo confiável e oficial, evitando boatos, rumores e notícias falsas. Além disso, é preciso checar com fontes oficiais as informações obtidas, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), entre outros.
O texto destaca também a importância da sensibilidade por parte da imprensa ao abordar vítimas, pessoas contaminadas ou parentes e amigos, priorizando a empatia e o bem-estar dos entrevistados, com transparência, e colocando a humanidade antes da reportagem.