O Instituto Reuters, da Universidade de Oxford, divulgou nesta terça-feira (16/6) os resultados da pesquisa Digital News Report 2020, que estuda os meios de acesso à informação ao redor do globo. Neste ano, ela foi feita em 40 países. Cerca de 40% dos entrevistados afirmaram estar preocupados com a desinformação vinda de políticos, 14% temem fake news de ativistas e 13%, de jornalistas e veículos de notícias.
No Brasil, o índice de pessoas que se preocupam com a desinformação de políticos é de 50%. O País junta-se a Estados Unidos, Filipinas e África do Sul como os que mais temem fake news de políticos. A pesquisa indica que a imprensa é uma das fontes mais confiáveis durante a pandemia do coronavírus (59%), atrás apenas de cientistas e autoridades de saúde. As redes sociais e os aplicativos de mensagens aparecem como as fontes menos confiáveis, com índices de 26% e 24%, respectivamente.
O estudo indica ainda que, em países com maior polarização política (como o Brasil), os participantes que afirmam seguir uma ideologia de direita tendem a culpar mais a imprensa pela desinformação. Além disso, o instituto pesquisou o principal canal de desinformação em cada país: em quase todos os 40 países, o Facebook foi apontado como o principal meio de desinformação. No Brasil, porém, o WhatsApp é o primeiro colocado.