A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgou em 26/8, Dia Internacional da Igualdade Feminina, uma pesquisa sobre as condições de trabalho de jornalistas mulheres que são mães, durante a pandemia de coronavírus. A pesquisa, realizada entre 7 e 17 de agosto, foi respondida por 629 profissionais de todo o País. Os dados revelaram sobrecarga de trabalho na maioria das participantes.
Segundo o levantamento, cerca de 60% das mães jornalistas estão trabalhando de casa, e 63% dividem as tarefas de cuidar dos filhos com os maridos. Porém, quase 86% das entrevistadas sentem-se sobrecarregadas pelo trabalho durante a quarentena, por conciliarem atividades da profissão com tarefas domésticas.
Vale lembrar que a maioria das participantes (cerca de 83%) têm filhos que cursam até o 5º ano do Ensino Médio, desde bebês até crianças de 10 a 11 anos, em fase de intenso aprendizado.
Em pergunta aberta sobre a sobrecarga de trabalho, os relatos incluíram dificuldades de ajudar os filhos durante aulas remotas; de conciliar esta e outras responsabilidades com o trabalho jornalístico; cobranças por desempenho no teletrabalho sem qualquer tipo de empatia por parte de seus superiores; e a sensação de estarem o tempo todo tendo que se colocar à disposição para o trabalho.