Manuel Falcão assume como diretor de Comunicação
Carlos Henrique Schroder, até aqui diretor de Criação e Produção de Conteúdo da Globo, respondendo por Entretenimento, Jornalismo e Esporte, deixa o cargo em 1º de dezembro. Uma parte de suas funções, a que se refere especificamente ao Entretenimento, terá como diretor Ricardo Waddington. Até meados do ano que vem, Schroder fará a transição e, depois disso, deixa a empresa. Um comunicado a esse respeito foi divulgado nessa quinta-feira (19/11).
Em 35 anos de casa, Schroder galgou posições e chegou a diretor-geral da TV Globo em 2013. Com a reformulação do final de 2019, passou ao cargo atual, de diretor-executivo de Criação e Produção de Conteúdo. No Entretenimento da TV Globo há 37 anos, Waddington dirigiu produções importantes, foi diretor de núcleo e do gênero e, por último, diretor de Produção.
Prossegue, assim, a movimentação de um ano atrás na cúpula do Grupo Globo, quando teve início o processo Uma só Globo. Houve a fusão de cinco empresas – TVs aberta (Globo), paga (Globosat) e streaming (Globoplay); Globo.com; DGCorp (Direção de Gestão Corporativa) – e uma deslocada Som Livre. O SGR (Sistema Globo de Rádio) e a Editora Globo (jornais e revistas) continuaram com gestão independente e ligados diretamente ao poder central.
Este mês, o presidente executivo Jorge Nóbrega toma outras medidas de grande impacto. No organograma extraído de um site da Globo que saiu do ar, e que publicamos em J&Cia 1.231, de 13/11/19, aparece o antigo desenho institucional do Grupo. Agora, há alterações importantes. Análise de Mauricio Stycer mostrou que a “estrutura estabeleceu que a produção de conteúdo seria separada da gestão dos canais e serviços” e, com isso, Schroder perdeu o cargo de diretor-geral. Waddington vai desenvolver projetos tanto para a Globo aberta quanto para a plataforma de streaming Globoplay.
Grupo se despede da Som Livre
O sucesso do streaming da Globoplay não se repetiu na Som Livre. Desde o advento desse formato, a subsidiária revelou-se inviável. Com um acervo de 5 mil títulos, não era possível concorrer com serviços de streaming como Spotify e Deezer, com 5 milhões cada.
Foi assim que Leo Dias divulgou, na quarta-feira (18/11), o anúncio do Grupo sobre a venda da Som Livre nos próximos meses. Entre os interessados está a Believe, multinacional de distribuição musical. E para desconsolo dos funcionários, estes souberam da decisão antes mesmo de a empresa ser vendida.
Na terça-feira (17/11), foi a vez do anúncio da saída do publicitário Sérgio Valente da Diretoria de Marca & Comunicação, a antiga CGCom (Central Globo de Comunicação), também no final do ano. Para substituí-lo foi escalado Manuel Falcão, diretor de Marketing e Operações da equipe de Valente. Na Globo, diretor de Central é um cargo bem diferente de diretor de Divisão.
Conforme os perfis de Márcio Ehrlich, há oito anos Valente trocou a Presidência da DM9 DDB e uma sociedade com Nizan Guanaes pela Comunicação da Globo. Falcão fez carreira na Globosat, para onde foi recém-formado e chegou a diretor de Marketing em 2016. Mais uma vez, quadros da Globosat, empresa que sempre pagou menores salários do que a Globo aberta, assumem posições na Globo. Novos tempos – há que enxugar.
Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro