Carmélia Alves, considerada a Rainha do baião, faleceu no último sábado (3/11), aos 89 anos, de falência de múltiplos órgãos, no Hospital Geral de Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro, onde estava internada havia dias, em coma. A carioca filha de nordestinos foi uma cantora muito importante para a nossa música popular. Ela cantava tudo de bom, sem pieguice ou nacionalismo barato. Sempre atenta a tudo, simplesmente gostava do que era bom e agradável aos ouvidos humanos. No começo dos anos 1950, foi ela quem descobriu o talento do paraibano Sivuca, em Recife, quando estava cantando por lá. E logo o chamou para se apresentarem juntos no Rio; e do Rio, no Exterior. Um dia, com Humberto Teixeira, Sivuca compôs o baiãozinho Adeus Maria Fulô, que Miriam Makeba gravou, sem a coautoria. Ela ficou brava e Sivuca justificou dizendo que não fora culpa dele e que na próxima prensagem sairia o nome de Humberto. Dito e feito. Mas sei que ela partiu triste, pelo fato de eu não ter escrito um livro a seu respeito. Faltou editor. O que fazer?J&Cia Memória da Cultura Popular João Rubinato ? ou melhor, Adoniran Barbosa ?, um dos mais celebrados compositores paulistanos, é o personagem da sétima edição de Jornalistas&Cia Memória da Cultura Popular, que circulou nesta 2ª.feira (5/11) e está disponível no www.jornalistasecia.com.br. Ela reproduz a entrevista que Adoniran deu a Assis Ângelo para a edição nº 27 da revista Homem, de novembro de 1980, pouco depois de completar 70 anos de idade e 40 de carreira artística. E, claro, revela preciosidades sobre ele do acervo do Instituto Memória Brasil, que Assis preside. Confira!