O Comitê para Proteção de Jornalistas, organização com sede em Nova York que promove a liberdade de imprensa desde 1981, divulgou o relatório de profissionais de imprensa presos em todo o mundo. Pelo quinto ano consecutivo, governos repressivos encarceraram mais de 250 jornalistas. Em 2020 o total chegou a 274, superando o recorde anterior, de 272, registrado em 2016, tomando por base o dia 1º de dezembro de cada ano.
Segundo a entidade, em meio à pandemia governos atrasaram julgamentos, restringiram visitas e ignoraram o aumento do risco à saúde na prisão. Pelo menos dois jornalistas morreram atrás das grades após contraírem a Covid-19.
A China, que prendeu vários jornalistas por sua cobertura da pandemia, manteve-se na liderança do ranking pelo segundo ano consecutivo. Em seguida aparece a Turquia, que continua a processar jornalistas em liberdade condicional e a prender outros. O Egito completa o pódio.
Depois de apontar que a hostilidade do presidente americano Donald Trump em relação à imprensa contribuiu para a atual onda de repressão da mídia global, o CPJ elaborou uma série de recomendações ao futuro presidente Joe Biden. O objetivo é restabelecer a liderança dos Estados Unidos na promoção da liberdade de imprensa no mundo, tornando-a parte da nova política externa do país.
Leia mais sobre o relatório e as propostas para o presidente americano em MediaTalks.
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