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domingo, novembro 24, 2024

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Equipe da Record protesta contra o resultado do Esso

Luiz Carlos Azenha, Luiz Malavolta, Amaury Ribeiro Jr., Leandro Cipoloni, Tony Chastinet, Lumi Zúnica e Gilberto Nascimento fizeram, em nome próprio, um protesto formal ao presidente da ExxonMobil Brasil, Mike Seidner, contra o resultado da edição 2012 do Prêmio Esso de Jornalismo, anunciado recentemente. E nele, desapontados, informam que não mais participarão do que, na visão deles, ?foi o principal prêmio do País?. Na carta, assinalam: ?Como deve ser do seu conhecimento, o Departamento de Jornalismo da Rede Record de Televisão inscreveu uma série de reportagens, veiculada no Jornal da Record, sobre os negócios escusos de Ricardo Teixeira. Foram meses de trabalho duro de uma equipe grande de jornalistas investigativos. As graves denúncias repercutiram na imprensa nacional e internacional. Por aqui, o jornal Folha de S.Paulo publicou matérias que foram praticamente transcrição de todo o material que obtivemos anteriormente. Material este que foi entregue ao Ministério Público, à Polícia Federal e a colegas de imprensa ? inclusive da própria Folha. Tudo acima descrito foi exposto em nossa ficha de inscrição e, após a divulgação dos finalistas, relatado em uma carta de protesto enviada à Comissão Organizadora do Prêmio Esso de Jornalismo e Telejornalismo e em extensa troca de e-mails. Qual o quê? Nossa advertência não foi: 1. Apurada; 2. Levada em consideração pelos organizadores do prêmio. Resultado: a Folha de S.Paulo foi anunciada hoje como vencedora do Grande Prêmio Esso de Jornalismo?. Ruy Portilho, organizador há muitos anos do certame, esclarece que a organização do Prêmio Esso não interfere nem se manifesta sobre o conteúdo das decisões tomadas pelas comissões de julgamento e afirma: ?A nós nos compete apenas cumpri-las?. Segundo ele, ?no caso em exame vale informar aos leitores de Jornalistas&Cia que o trabalho de telejornalismo A queda de Ricardo Teixeira teve todas as oportunidades de avaliação pela correspondente comissão de telejornalismo e não mereceu classificação entre os finalistas. Confrontados com o protesto dos autores, os jurados mantiveram suas decisões. A tentativa de desqualificar o trabalho dos colegas da Folha de S.Paulo tampouco teve acolhida entre os encarregados de julgar os finalistas da mídia impressa. Finalmente, os próprios autores do trabalho veiculado pela Record informaram que se manifestavam em nome próprio e não no da emissora, esta sim, merecedora de trabalhos entre os finalistas de telejornalismo?. Protestos contra os resultados do Prêmio Esso não são de todo incomuns. Soberanas, as comissões de julgamento são independentes e o que num ano para uma comissão é motivo de júbilo, em outro, com outras pessoas, pode gerar a desqualificação do trabalho. Ao integrar o júri da edição de 2004, o diretor deste Portal dos Jornalistas e de Jornalistas&Cia Eduardo Ribeiro, na condição de relator da Comissão de Seleção, viu o júri da Comissão de Premiação derrubar o favoritismo do Caso Valdomiro Diniz, da revista Época, optando por conceder o Esso de Jornalismo ao jornal O Globo, pela série Os homens da Alerj, que desnudava a situação patrimonial de grande parte dos deputados do Rio de Janeiro, num trabalho investigativo que durou meses. E surpreendeu ainda mais ao não dar a ela sequer o Esso de Reportagem, que foi concedido ao repórter Renan Antunes de Oliveira, do pequeno jornal Já, de Porto Alegre, pela matéria A tragédia de Felipe Klein, relatando um caso de suicídio que abalou a capital gaúcha. A decisão causou estupor, mas entrou para a história do prêmio, como várias outras. 

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