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domingo, novembro 24, 2024

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Uma vida repleta de gols de placa

Morreu na madrugada desta 5ª.feira (29/11), aos 75 anos, Joelmir Beting, âncora e comentarista do Grupo Bandeirantes, com passagens por alguns dos principais jornais, rádios e tevês do País. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein desde 22 de outubro, onde fazia tratamento contra uma doença autoimune. Embora a terapia avançasse, Joelmir sofreu um acidente vascular encefálico  hemorrágico no domingo (25/11), quando entrou em coma. O cardiologista Antônio Carlos Lopes e o superintendente médico Miguel Cendoroglo Neto divulgaram nota nesta 4ª.feira (28/11) informando que o ?paciente está clinicamente estável, porém seu estado é grave e irreversível?. Seu falecimento foi comunicado à 0h55. Joelmir Beting completaria 55 anos de carreira em 2013. Nascido em Tambaú (SP) em 1936, começou como repórter dos jornais O Esporte e Diário Popular em 1957, antes de se formar em Sociologia pela USP. Largou o jornalismo esportivo poucos anos depois, após perder a compostura durante a narração de uma partida entre o seu Palmeiras e o Corinthians. Em 1961, após um jogo entre Santos e Fluminense (3 a 1), em 5 de março, Joelmir encantou-se com um gol de Pelé e resolveu homenageá-lo, em nome dos cronistas esportivos da época, com uma placa no Maracanã. Ali nasceu a expressão ?Gol de Placa?, hoje célebre para se referir a tentos espetaculares. Foi o primeiro editor do caderno de Automóveis da Folha de S.Paulo, em 1966, e passou a chefiar a editoria de Economia em 1970. Começou a escrever também como colunista, e tornou célebre a forma como traduzia ao público termos e temas complexos de macroeconomia, especialmente durante a inflação galopante que tomou conta do País nos anos 1980. Na época, ?emplacou? outros bordões famosos, como ?Quem não deve, não tem? e ?Na prática, a teoria é outra?. Em agosto de 1991, transferiu-se, com sua coluna, para O Estado de S. Paulo. Também teve longa experiência na tevê, passando por Gazeta, Record e Globo, emissora em que esteve de 1985 a 2003. No ano seguinte passou à Band, atuando nas bancadas de Jornal da Band, Primeiro Jornal e Canal Livre, além de fazer comentários diários na BandNews TV e na rádio Bandeirantes (Jornal Gente e Três Tempos). Homenagens de colegas, familiares e admiradores têm se replicado das mais diversas formas desde a madrugada. Mauro Beting escreveu e leu ao vivo, na Rádio Bandeirantes, após saber da morte, um texto emocionado sobre o pai (leia a íntegra aqui). O Palmeiras anunciou que todos os jogadores entrarão com o nome Joelmir na camiseta em seu último jogo neste Campeonato Brasileiro, no sábado (1º/12), em homenagem a um de seus mais ilustres e fanáticos torcedores. O corpo é velado no Cemitério do Morumbi e a cerimônia de cremação acontece, fechada a familiares, no Cemitério Horto da Paz. Deixa a esposa, Lucila, com quem era casado desde abril de 1963, e dois filhos, Gianfranco, publicitário e webmaster, além de Mauro.

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