A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) declarou apoio às petições de suas afiliadas em Brasil, Peru e Uruguai para que os profissionais de imprensa sejam incluídos nos grupos prioritários de vacinação contra a Covid-19.
No Brasil, a Federação Internacional dos Jornalistas (Fenaj) justificou a inclusão dos jornalistas pelo fato de que eles seguem na linha de frente, correndo o risco de contaminação para trazer informações sobre a doença: “À semelhança de outras profissões, como profissionais da saúde, professores, policiais ou bombeiros, os profissionais da mídia são obrigados a se colocar em risco, garantindo a todos os cidadãos o acesso a informações de confiança e interesse público”.
No Peru, a Associação Nacional dos Jornalistas (ANP) enviou uma carta à presidente do Conselho de Ministros, Violeta Bermúdez, expressando preocupação com a ausência de jornalistas, fotojornalistas e outros profissionais da mídia entre os grupos prioritários de vacinação. A entidade destaca que 108 jornalistas morreram em todo o país em decorrência do vírus, o maior número de mortes por país na profissão.
No Uruguai, o Conselho de Administração Central da Associação Uruguaia de Imprensa (APU) contatou o ministro da Saúde do país, Daniel Salinas, destacando os riscos que os profissionais de imprensa estão correndo ao realizarem seus trabalhos durante a pandemia.
Anthony Bellanger, secretário-geral da FIJ, destaca que, “desde o início da pandemia, os jornalistas provaram de forma esmagadora o papel essencial que desempenham ao informar seus cidadãos e lutar contra a desinformação sobre a Covid-19. Os jornalistas são trabalhadores essenciais que devem ser tratados como tal nas campanhas nacionais de vacinação contra a Covid-19 em todo o mundo”.
O especial de MediaTalks by J&Cia fala sobre todos os efeitos que a pandemia gerou para a saúde dos profissionais de mídia, incluindo a psicológica/mental e consequências severas para jornalistas mulheres. Leia na íntegra.