Morreu em Belém na madrugada deste sábado (20/3), aos 63 anos, Oswaldo Braglia Júnior, que desde outubro de 2016 respondia por J&Cia Norte, noticiário da newsletter Jornalistas&Cia sobre a Região Norte. Era também gestor de projetos no Instituto Peabiru. O corpo foi enterrado no mesmo dia, em virtude dos protocolos de controle da doença.
Formado em Economia pelo Mackenzie, de São Paulo, atuou no Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), foi diretor administrativo e comercial do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo durante os anos 1980 e 1990, e a partir de 2008 cuidou das áreas administrativa e de novos negócios da Jornalistas Editora até mudar-se para Belém, em 2013. Deixa a esposa Andrea Coelho, a enteada Dione e os filhos Paulo, Pedro e Thiago, do primeiro casamento.
“Difícil ter palavras para falar de alguém que se ama tanto, sobretudo quando esse alguém é do bem”, lamentou Eduardo Ribeiro, diretor da Jornalistas Editora. “E juro, conheci poucas pessoas na vida que fossem tão do bem como ele. Sofreu muito, nas nunca se entregou. Quis o destino que fosse viver e morrer em Belém. Meu Deus, que tristeza”.
Uma das irmãs, Rita Braglia, escreveu sobre ele no Facebook:
“Meu irmão morreu e como é difícil entender que não nos veremos mais aqui, nesse tempo/espaço, em gloriosos cafés da manhã, em pequenas revoltas contra gente espinhosa e grandes batalhas a favor de um mundo melhor.
Meu irmão morreu em meio à pandemia, levado antes do tempo, com 63 anos de esperança. E não sei o que dizer e não tenho chão… mas quero que o mundo saiba do enorme coração desse cavalheiro chamado Oswaldo Braglia Júnior, nascido no último dia do ano.
O filme que passa em minha cabeça é de um menino grande para a idade (aos seis já passara de mim e muito), como goleiro no quintal de casa, deitado para receber a bola… cantando no chuveiro, fazendo gargarejos sem tirar o ‘sujo’ que escorria pelos braços e correndo da mamãe com a toalha branquíssima emporcalhada… do moço de cabelos loiros, sorrindo e acompanhado por uma roda de amigos (que manteve até hoje)… curando meu coração de desamores… me apertando num abraço aconchegante para matar a distância… dizendo aquele longo ‘ooooo, maninha, tudo bom?’ nesses tempos de horror.
Tem mais, muito mais desse homem rico de amor e de sonhos. E essas lembranças ainda surgem com a dor de não o ter mais aqui, nesse mundico imperfeito. Se posso ter um querer, é que a luz nova hoje além dos céus seja ele brilhando.
Dado, vai por essa luz, penetre no universo e tenha paz… e nós que tanto te amamos só temos a agradecer por sua passagem.”