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domingo, novembro 24, 2024

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Chiquinho Amaral começa em março no Globo

Francisco (Chiquinho) Amaral será a partir de março o novo editor-executivo Multimídia de O Globo. Ele era diretor da Cases i Associats, consultoria catalã em design e reestruturação de empresas jornalísticas. Dirigiu o projeto de renovação gráfica da edição impressa e web do Globo, e da criação de O Globo a mais. Agora na casa, ficam subordinadas a ele as editorias de Arte, de Imagem e de Fotografia. A nova contratação foi anunciada aos funcionários pelo diretor de Redação Ascânio Seleme na semana passada. Mineiro de Belo Horizonte, formou-se em Artes Plásticas na Universidade de Brasília, e ali começou a trabalhar em jornais. No Correio Braziliense, participou de projetos gráficos que renderam prêmios como o World Best Designed concedido pela Society for News Design (SND). Mudou-se para Barcelona e na Cases i Associats foi responsável por projetos de jornais em vários países: Daily  Mirror e The Independent, na Inglaterra; Vedomosti e Izvestia, na Rússia; Gazeta Wyborcza, na Polônia; El Comércio, no Peru; e O Estado de S. Paulo, no Brasil, entre outros.   Digital ganha mais importância Como editor-executivo, ele vem se juntar a Luiz Antônio Novaes (também mineiro), Paulo Motta, Silvia Fonseca e Pedro Doria, que responde por Plataformas Digitais e com quem Chico vai trabalhar diretamente – melhor dizendo, voltar a trabalhar, pois estiveram juntos no redesenho do Estadão, depois, de O Globo, e são amigos pessoais. Serão, portanto, cinco no aquário, dois deles respondendo pelo digital, que ganha cada vez mais importância, a ponto de ser necessária a presença de mais uma pessoa. Embora seja designer, Chico tem atribuições editoriais – é editor-executivo desde os tempos de Correio Braziliense, sob a gestão de Ricardo Noblat. Assim, não deve cuidar apenas de design, pois o aquário de O Globo se propõe a ter uma característica de integração, em que cada um entende muito de alguma coisa em particular, mas todos se envolvem em todos os aspectos. E será preciso aumentar o trabalho de integração com a redação. Sobre as editorias que estarão subordinadas a ele, é possível ver na Arte dois braços: a diagramação tradicional e a infografia; já a editoria de Imagem cuida de infografia multimídia e vídeos. O que é feito para iPad, ou O Globo a mais, começa a ocupar mais espaço, com infografia interativa e uma parte pesada de vídeos. São atribuições muito novas no jornalismo: interagir com a imagem, ir para dentro da notícia. Depois de 12 anos em Barcelona, tendo viajado por vários continentes, Chico conheceu todo tipo de redação. Talvez seja um dos poucos que já viu como está funcionando a transição do impresso para o digital em várias partes do mundo, num momento em que todos os jornais buscam resolver essa questão.

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