O Ministério Público Federal (MPF) enviou à Justiça Federal um documento em que aponta riscos aos jornalistas que atuam na cobertura do presidente Jair Bolsonaro na portaria do Palácio da Alvorada. A informação foi publicada pelo UOL, que afirmou que o parecer pede a tomada de providências a partir de uma análise técnica da Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia.

No último domingo (2/5), após uma confusão com apoiadores do presidente, que estavam xingando e ameaçando os jornalistas de plantão, seguranças do presidente teriam agido de forma truculenta com os profissionais. Segundo a repórter Carla Bridi, da CNN Brasil, que presenciou a situação e denunciou o caso no Twitter, um dos funcionários da guarda do Palácio chegou a sacar uma arma para ameaçar dois jornalistas que também atuavam no local.

Vale lembrar que Bolsonaro tem o hábito de, ao sair ou entrar no Palácio do Alvorada, parar para falar com apoiadores e dar entrevista a jornalistas que estão no local. Apenas uma grade separa os dois grupos, o que resulta em constantes agressões aos profissionais de imprensa.

A Procuradoria defende que “seja determinada a adoção de medidas administrativas aptas a resguardar a integridade dos jornalistas e profissionais de imprensa que realizam a cobertura diária do presidente da República [Jair Bolsonaro] na porta do Palácio da Alvorada”.

Segundo a reportagem do UOL, o MPF afirmou à juíza da 1ª Vara Federal de Brasília Solange Salgado que o governo precisa agir para garantir a proteção dos profissionais de comunicação e a liberdade de imprensa.

Em nota, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência informou que os agentes que acompanhavam Bolsonaro cumpriram os protocolos para esse tipo de evento. Segundo o órgão, os jornalistas que cobrem o presidente no Palácio da Alvorada conhecem esses ritos.

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