Após sete anos lutando contra um câncer, faleceu na manhã desta 4ª.feira (5/4), em São Paulo, Edson Flosi. Ele estava internado desde 31/5 no Hospital AC Camargo. Nascido em 14 de abril 1940, Flosi curiosamente foi registrado como nascido no dia 28, já que seu pai, ferroviário, perdeu o prazo de registro e não tinha como pagar a multa pelo atraso. Começou no jornalismo em 1958, no jornal Notícias de Hoje, em São Paulo, órgão do Partido Comunista Brasileiro, e de lá para cá atuou em redações por mais de 30 anos, em passagens por Diário da Noite, Diário de S.Paulo, Folha de S.Paulo, Jornal da Tarde, Notícias Populares e O Globo. Também foi advogado criminalista, após concluir curso de Direito em 1986, e professor universitário. Foi nesta última atividade, inclusive, que no ano passado envolveu-se em uma polêmica com a Faculdade Cásper Líbero, onde lecionava desde 1996, após ser demitido durante licença para tratamento do câncer. A demissão gerou protestos entre os estudantes da instituição, que mais tarde tentou recontratá-lo, mas Flosi se negou a voltar. Também no ano passado lançou Por trás da notícia – O processo de criação das grandes reportagens (Summus), obra em cujo segundo volume estava trabalhando, e escreveu ainda o livro-reportagem O assalto dos 500 milhões (Best Seller, 1965) e o ensaio político A renúncia do presidente Jânio Quadros (1961). Casado com Nancy da Costa Flosi, era pai dos também jornalistas Edson Costa Flosi e Sandra Flosi, e da procuradora do Estado Nancy Regina Costa Flosi. Seu corpo será cremado no Crematório da Vila Alpina.