A Polícia Militar do Distrito Federal expulsou Douglas Protázio, criador do site local Diário de Ceilândia, de um grupo de WhatsApp que mantém com a imprensa. Protázio havia criticado a atuação da instituição durante as manifestações bolsonaristas de 7/9, e após as publicações foi excluído “sem aviso prévio ou qualquer outra formalidade”.

O jornalista escreveu em suas redes que a PMDF prejudicou a cobertura jornalística do Diário de Ceilândia, pois o número excluído não é o pessoal dele e sim o do jornal: “O Diário de Ceilândia foi punido por conta das críticas que EU fiz sobre a atuação desastrosa da PMDF na capital da República”. Ele declarou que sempre soube separar seu perfil pessoal do profissional: “Não faço esse tipo de postagem no diário”.

Segundo o criador do Diário de Ceilândia, os agentes da PMDF que gerenciavam o grupo faziam pressão para que os jornalistas dessem prioridade a “pautas positivas” sobre a instituição. Ele chegou a ser transferido para outro grupo que, segundo ele, era “sem relevância”, mas imediatamente saiu.

O major Michello Bueno, responsável pela comunicação entre a PMDF e a imprensa, também pediu que a editora do site Congresso em Foco Vanessa Lippelt se retirasse do grupo. Segundo ela, o agente queria colocá-la em um grupo de jornalistas nacionais, porque “precisava de vagas para repórteres que escrevessem pautas positivas”.

À Abraji, Vanessa disse que “bateu o pé” e permaneceu no chat. “Quem faz jornalismo é censurado do grupo?”, perguntou.

A PMDF explicou que Protázio estava em um grupo para profissionais de mídias abertas (TV, rádio e impresso), e que foi realocado para um destinado a jornalistas de mídias sociais (Instagram, Blogs e Twitter). A instituição reiterou que os dois grupos recebem as mesmas informações e que outros profissionais também foram deslocados por falta de vagas (o WhatsApp aceita no máximo 256 pessoas por grupo).

Com informações da Abraji.

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