Morreu nesta sexta-feira (25/2) o fotojornalista Francisco de Assis Sampaio, conhecido como Dida Sampaio, aos 52 anos, no Distrito Federal. O profissional de O Estado de S. Paulo teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em 10 de fevereiro e estava internado em um hospital particular de Brasília, mas não resistiu. Deixa a mulher, Ana Sampaio, duas filhas, Raissa e Gabriela; um filho, Fellipe, e cinco netos.

Nascido no Ceará, Dida atuou como fotógrafo em Correio Brasiliense, Jornal de Brasília e em outros veículos de imprensa durante os governos de Fernando Collor (1990), Fernando Henrique (1995 e 1999), Luiz Inácio Lula da Silva (2003 e 2007), Dilma Rousseff (2011 e 2015), Michel Temer (2016-2018) e Jair Bolsonaro (2019). Também participou de inúmeras exposições no Brasil e no exterior.

Em 2015, venceu o Esso de Jornalismo, na categoria Regional Sudeste, e o Esso de Fotografia, além do Vladimir Herzog e do Estadão de Jornalismo pela foto Lava Jato Planalto, que mostra a ex-presidente Dilma Rousseff pedalando nas proximidades de um lava-jato, em Brasília. Especializado na cobertura dos Três Poderes, o fotojornalista tem ao todo dois Essos e três Vladimir Herzog na carreira.

Dida recebeu diversas homenagens de colegas. Ao g1, Andreza Matais, diretora da sucursal de Brasília do Estadão, declarou que “morre um pouco da grande reportagem. Dida foi o mais importante repórter fotográfico brasileiro da sua geração. A perda para o jornalismo e para o País é imensurável”.

Wanderlei Pozzebom, diretor do Sindicato dos Jornalistas do DF, contou que ele e Dida trabalharam juntos no Jornal de Brasília, na década de 1980, onde Dida iniciou a carreira como laboratorista: “Dida era um profissional exemplar, dedicado e com muito compromisso com o jornalismo e com a família dele. Ele entendia de política de forma excepcional e prestava um serviço maravilhoso ao jornalismo e ao Brasil. As imagens do Dida entraram para a história”.

Outra marca registrada do fotojornalista era a humildade. Segundo colegas e amigos, Dida sempre ajudava repórteres e fotojornalistas iniciantes na cobertura do Congresso Nacional. Em uma postagem no Twitter, publicou: “O protagonismo tem que ser da foto e não do fotógrafo”.

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