A Agência Pública está lançando o livro Furos, mentiras e segredos revelados: uma década de reportagens da Agência Pública (Editora Elefante), que aborda a atuação da empresa desde a sua fundação, em 2011, na esteira das revelações do WikiLeaks. A obra é organizada pelas diretoras e cofundadoras da Agência Natalia Viana e Marina Amaral, com edição de Tadeu Breda.

Ao todo, são dez artigos sobre o trabalho da Pública, mais introdução, prefácio e posfácio. Na última década, a agência produziu mais de uma centena de reportagens que ajudam a compreender a realidade brasileira, que lhe renderam mais de cinquenta prêmios nacionais e internacionais.

Fabiana Moraes, colunista do Intercept Brasil, escreveu no prefácio que a Pública “entendeu que a prática jornalística não é a de reportar, ser mero instrumento mediador, mas colocou-se como sujeita de seu tempo: penso, por exemplo, quando a agência se imbuiu do compromisso de, a partir de 2018, priorizar investigações relacionadas com o governo Jair Bolsonaro, a primeira experiência brasileira com uma gestão de extrema direita”.

Na introdução, Eugênio Bucci, professor da ECA-USP, destaca que a Agência “concentra uma das maiores esperanças práticas para o jornalismo brasileiro. Os que gostam de usar o substantivo ’inovação‘ podem dizer sem hesitar que a Pública encarna a mais significativa inovação da imprensa brasileira na última década. Inovação mesmo. Inovação humanista, muito mais do que tecnológica ou financista. (…) É assim que ela nos brinda com uma esperança prática, em cada uma das vírgulas que publica − que torna públicas −, como a nos alertar de que o futuro da imprensa passa por saber-se função pública, não apenas por prestar um serviço de interesse coletivo, mas porque o ofício jornalístico é antes de natureza pública do que de natureza privada ou profissão liberal”.

Já é possível adquirir o livro em pré-venda no site da Editora Elefante.

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