Sindicato pressiona e direção da empresa contorna as dificuldades O grupo fechado Redação Ejesa no facebook espelha em seus depoimentos uma situação crítica vivida pelos que trabalham em O Dia e Meia Hora, no Rio de Janeiro. Salários atrasados, 13° e férias, suspensão do plano de saúde – e não têm como pagar uma consulta, já que ainda não receberam o salário – são apenas algumas queixas. A inconstância nos pagamentos – pagam parte do salário e pagam alguns, não todos – é outro ponto. Caso não haja uma definição, a Comissão de Redação pretende marcar nova reunião ainda esta semana, no restaurante Enchendo Linguiça, para avaliar a situação. No Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio, a presidente Paula Máiran enviou à empresa uma carta de reivindicações, com prazo para resposta na 3ª feira (15/3). A carta teve por base a reunião com integrantes da Comissão de Redação, e reclama basicamente dos salários atrasados e a regularização dos depósitos do INSS e FGTS; exige um cronograma de pagamentos e mais transparência com os trabalhadores sobre a real situação da empresa. Caso a resposta à carta não tenha chegado, a presidente pretende ir à redação pessoalmente nesta 4ª.feira (16/3), para tomar satisfações. A direção da Ejesa alega que este ano – devido à sazonalidade do meio jornal, fraco em receitas nos primeiros meses do ano, aliada à crise generalizada no País – teve um dos piores meses de fevereiro da história do jornal, em termos de arrecadação publicitária. Sobre a inconstância nos pagamentos, explica que os menores salários sempre receberam em primeiro lugar. Os celetistas têm os salários de fevereiro dez dias atrasados. Quanto aos PJs, o salário de janeiro deve ser pago nesta 4ª feira (16/3), mas não há previsão para o de fevereiro. Em março, a empresa deve receber o faturamento de fevereiro, e cumprir assim alguns compromissos. Sobre o plano de saúde, informa que a operadora anterior (Golden Cross) exigiu um reajuste nas contribuições muito acima das possibilidades da empresa. Foi então cancelado o plano, no final do mês passado, mas imediatamente substituído por outra operadora (Amil), o que está na fase burocrática de assinatura do contrato. Portanto, o período sem o plano ainda não completou um mês, e a expectativa é que o novo passe a valer a partir desta 6ª.feira (18/3). Vamos acompanhar.