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domingo, novembro 24, 2024

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Romper com velhos hábitos é condição para fazer jornalismo no mundo digital

Celestino Vivian, do Projor – Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo, entidade responsável pelo Projeto Grande Pequena Imprensa (GPI), encaminhou reportagem publicada em 14/5 no Nieman Journalism Lab que enfatiza que veículos de mídia local têm recursos limitados e sentem que a rotina diária das redações lhes dá pouco tempo, dinheiro e funcionários para investir digitalmente. Reproduzimos aqui o resumo que ele enviou: Escreve-se muito hoje sobre como os jornais, grandes, médios e pequenos, revistas e as organizações de notícias como um todo estão testando novas táticas e ferramentas digitais. Muitos desses veículos são grandes empresas nacionais, mas a maioria dos jornais locais também está testando novas formas de reportagem. Um novo relatório que analisa a mídia dos Estados Unidos mostra que, para cada grande veículo fazendo experiências digitais de comunicação, há dezenas de outros jornais menores que não têm recursos ou cultura de redação para adotar todas as ferramentas digitais gratuitas que poderiam estar utilizando. O relatório enfatiza que veículos de mídia local têm recursos limitados e sentem que a rotina diária das redações lhes dá pouco tempo, dinheiro e funcionários para investir digitalmente. Entre as principais situações verificadas no levantamento e detalhadas no relatório estão: – Diversas redações não estão tirando proveito de ferramentas digitais de baixo custo que permitiriam veicular suas notícias de um jeito inovador. Editores se apegam demais aos métodos mais tradicionais, mesmo com a oferta de diversas ferramentas gratuitas na web. – Prêmios e conferências jornalísticas criam a sensação de que a adoção de certas práticas, como o jornalismo de dados, é mais abrangente do que realmente é. No entanto, ainda há um abismo entre os grandes jornais nacionais, que utilizam facilmente esse tipo de reportagem, e os jornais locais. – Chefes de redação de jornais locais sempre citam o orçamento, o tempo e o número de funcionários como suas maiores limitações. Mas conversas com mais de 20 editores experientes revelam problemas mais profundos, estruturais e culturais. Isso inclui uma ausência de compreensão técnica e de vontade de romper com velhos hábitos de reportagem. – Os jornais locais que fizeram uso inteligente de ferramentas digitais têm chefes que estão dispostos a fazer sacrifícios em suas coberturas. Eles priorizam reportagens que revelam o significado e as implicações de uma notícia em vez de focar pesadamente no desenvolvimento dos fatos. A conclusão é de que as tecnologias que ajudaram a diferenciar o jornalismo digital de sua forma impressa ainda são subutilizadas. Jim Farley, da rádio local de Washington WTOP, uma das empresas jornalísticas analisadas pelo estudo, confessa que esse é o tipo de jornalismo no qual gostaria de investir, mas que é difícil “retirar os jornalistas da linha de produção a que estão acostumados”. O relatório completo pode ser acessado, em inglês, no goatmustbefed.com. Leia mais + Otávio Cabral deixa Veja para integrar campanha de Aécio Neves + Pressão faz Senado reduzir cortes nos veículos de comunicação + Web Rádio da Câmara de São Paulo reformula grade de programação

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