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quarta-feira, novembro 27, 2024

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Joel Leite completa 30 anos de jornalismo automotivo

Joel Leite, diretor da Agência de Notícias AutoInforme, comemora este mês 30 anos de jornalismo automotivo. Formado pela Cásper Líbero, ele começou em 1976 na extinta Última Hora, mas só oito anos mais tarde ingressaria no mercado automotivo, pelo Jornal do Carro, do Jornal da Tarde. “Eu já trabalhava em outras áreas do JT e era amigo do Luiz Guerrero, na época repórter do Jornal do Carro. Foi quando ele e o editor Nivaldo Nottoli resolveram me chamar para integrar a equipe”, lembra Joel, que permaneceu por mais 12 anos no caderno. “Foi um período muito importante para mim. Naquela época fazíamos um jornal vibrante e eu aprendi muito com os colegas de lá”. Enquanto ainda estava no JT, em 1992 criou paralelamente sua AutoInforme, primeira agência de notícias do Brasil especializada no setor automotivo. Entre 1993 e 2002 produziu e apresentou o programa Jornal do Carro, pela Rádio Eldorado. “Na época todo mundo achou estranho, a gente levar os testes de automóvel para o rádio, mas abraçamos o projeto e deu certo. Seguíamos os mesmos moldes do JT, com uma linguagem simples e direta; permanecemos dez anos no ar”, comemora. Ainda no rádio, há oito anos apresenta o Boletim AutoInforme nas rádios Bandeirantes e Sulamérica Trânsito, além de ter colunas em diversos veículos especializados. Em entrevista a J&Cia Auto, Joel fala sobre seus 30 anos de mercado automotivo, da evolução do segmento nesse período e seus planos: Jornalistas&Cia Imprensa Automotiva – Como você enxerga as mudanças na mídia especializada automotiva nos últimos anos? Joel Leite – O jornalismo, de uma maneira geral, e a mídia especializada, em particular, sofreram uma transformação muito grande nesses 30 anos. Hoje vejo um jornalismo bem diferente daquele que a gente fazia no começo da minha carreira. Infelizmente, o fortalecimento e a evolução das assessorias de imprensa fizeram com que nossa fonte se tornasse a própria assessoria e não mais os profissionais com quem falávamos diretamente. J&Cia – De que maneira isso afetou a profissão? Joel – Acho que isso foi péssimo para o jornalismo. Não gosto de generalizar, mas infelizmente hoje em grande parte dos veículos não existe mais uma discussão de pauta, o “pensar jornalismo”. Essa pauta hoje é definida pelas próprias assessorias e a maioria dos veículos a segue rigorosamente. Basta pegar as capas das principais publicações semana após semana e você perceberá uma grande semelhança de temas entre elas. Lógico que isso não é exclusivo do nosso setor, mas no mercado automotivo é muito mais fácil de perceber, principalmente pela própria falta de condição e recursos das publicações. Acho isso muito triste, porque poderíamos estar fazendo um jornalismo de extrema qualidade em um momento como esse. J&Cia – E de positivo, o que você destacaria nesse período? Joel – Acho que o mais legal disso tudo foi que nesse período criou-se um mercado de trabalho muito grande e concorrido. Vale lembrar que quando eu comecei havia poucas publicações de destaque, e hoje todo jornal tem seu caderno automotivo, muitas revistas de qualidade surgiram, além das novas mídias. Naquela época, se havia 50 ou 100 jornalistas era muito; hoje não consigo avaliar quantos são. Acredito que esse deve ter sido o setor que mais cresceu desde então e isso abriu espaço para um mercado de trabalho muito significativo. J&Cia – Mas valeu a pena entrar nesse segmento? Joel – Lógico que valeu. Acho que se não fosse por esse segmento minha vida teria sido um fracasso. (risos) J&Cia – E quanto ao futuro? Joel – Tenho muita coisa em mente, até porque ainda não dá para parar. A Agência AutoInforme tem um potencial muito grande para continuar mesmo sem a minha presença. Mas eu pretendo seguir no mercado por muito tempo. Há alguns estudos que eu quero fazer e projetos para implantar nos próximos anos.

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