A Record TV afastou Márcio Santos, diretor de Recursos Humanos da emissora, de suas funções na empresa. O profissional foi acusado de assédio sexual pelo jornalista Elian Matte, editor da equipe de Roberto Cabrini. A Polícia Civil investiga o caso.
A Igreja Universal também afastou Santos de suas funções como voluntário na instituição religiosa, pois “não permite a presença de funcionários ou voluntários investigados pela polícia”.
O caso em questão foi revelado pela revista piauí. O assédio de Márcio Santos a Elian Matte inclui mensagens de cunho sexual e perguntas sobre a vida pessoal do repórter em reuniões de trabalho. Matte fez Boletim de Ocorrência e anexou prints de conversas com o diretor de RH.
As investidas de Santos começaram no ano passado. O diretor fez convites para Matte para tratar de questões de trabalho, mas o conteúdo das conversas passou a ser questões pessoais do repórter, incluindo se ele “gostava de cinema” ou se “malhava”. Em uma determinada reunião, Santos chegou a passar a mão pelo braço e corpo de Matte.
Posteriormente, o diretor de RH começou a enviar mensagens de cunho sexual para Matte pelo WhatsApp. O caso foi ficando pior, e chegou ao ponto em que Santos utilizava o sistema de câmeras do circuito interno, acessado por diretores via aplicativo no celular, para observar Matte no trabalho.
Por causa do assédio, o jornalista começou a ter depressão e crises de ansiedade, e foi diagnosticado com burnout. Ele chegou a denunciar o assédio à presidência da Record, mas não obteve resposta. Em um último contato, foi orientado a fazer um Boletim de Ocorrência, “esquecer o ocorrido e focar no trabalho”.
Matte anexou prints das mensagens de cunho sexual enviadas por Santos no Boletim de Ocorrência. Procurado pela piauí, o diretor de RH falou que tudo foi uma grande “brincadeira” e que é vítima de mentiras. A Record não havia se posicionado sobre o caso até a publicação deste texto.
Leia mais sobre o caso na piauí.