Este ano, durante o período eleitoral, a imprensa sofreu cerca de 38 mil ataques online entre 16 de agosto e 18 de setembro. Segundo o monitoramento da Coalizão em Defesa do Jornalismo (CDJor), formada por 11 organizações da sociedade civil em defesa da liberdade de imprensa, a maioria dos ataques ocorreu no X (34.801), seguido por Instagram (2.716) e TikTok (491).

O monitoramento considerou contas, publicações, hashtags e termos específicos durante a pesquisa nas três redes sociais. No caso do X, a coleta de dados continuou mesmo após o bloqueio determinado pelo STF em 31/8, embora os números tenham diminuído.

No X, os relatórios revelaram um padrão de hostilidade, especialmente contra o Grupo Globo, com hashtags como #globolixo e #foraglobolixo aparecendo com frequência. Outros veículos de notícias, como CNN e Jovem Pan, também foram alvos de hashtags similares, como #cnnlixo e #jovempanlixo.

O Instagram também foi utilizado para descredibilizar a mídia, associando-a a termos como “esquerdista”, “esquerda” e “comunista”, o que reforçou a percepção de viés político na imprensa.

Além do ambiente virtual, o monitoramento registrou dez denúncias offline, como o caso do jornalista Artur Rodrigues, do ABC Paulista, que foi ameaçado pelo vereador Paulo Chuchu (PL), que, rindo, mostrou uma pistola após questioná-lo sobre seu voto.

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