A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol) divulgou o seu Índice Chapultepec, que analisa as liberdades de expressão e de imprensa nos países que compõem as Américas. Segundo os dados obtidos na edição de 2024, nenhum dos países analisados têm plenas liberdades de expressão e de imprensa.

Ao apresentar os resultados do índice, Carlos Jornet, presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP, destacou que nenhuma das 22 nações analisadas está localizada na faixa “com liberdade de expressão”. Nos últimos três anos do índice, ao menos dois países foram classificados nesta faixa.

Na edição de 2024, a faixa de “baixa restrição” é composta por Chile, República Dominicana, Canadá, Estados Unidos, Brasil, Uruguai, Jamaica e Panamá. O Brasil, inclusive, subiu oito posições e está em 6º lugar entre todas as nações analisadas, apesar de permanecer no grupo de países com baixas restrições.

A faixa “sob restrições” é formada por Paraguai, Costa Rica, Argentina (estes três ainda acima da média global da região), Equador, México e Colômbia. E os países com “alta restrição” são Honduras, Peru, Guatemala, Bolívia e El Salvador.

Para Marcelo Rech, presidente-executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ), “há uma evidente e preocupante deterioração da liberdade de imprensa nas Américas, e isso tem a ver diretamente com as ameaças aos regimes democráticos no continente. É preciso se ter claro que, sem respeito a uma imprensa livre, a corrupção, a leniência com a coisa pública e os desmandos de governantes permanecem ocultos da opinião pública”.

O Índice Chapultepec da SIP utiliza quatro critérios principais para medir a situação das liberdades de imprensa e de expressão nas Américas: cidadania informada, exercício do jornalismo, controle da mídia e violência e impunidade.

Confira o índice na integra aqui.

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