A segunda fase da pesquisa A inteligência artificial para jornalistas brasileiros, realizada pelo grupo de pesquisa Tecnologias, Processos e Narrativas Midiáticas da ESPM, formado por professores do curso de Jornalismo da ESPM-SP, com apoio e divulgação do J&Cia, indica que jornalistas brasileiros estão incorporando ferramentas de inteligência artificial em sua rotina de trabalho para tarefas mais automatizadas, como revisão de textos, pesquisa de dados e transcrição de áudios. Na avaliação dos profissionais, a IA tem se mostrado uma boa aliada na otimização do tempo e na melhoria da qualidade do conteúdo jornalístico produzido. Mas eles destacam a necessidade de supervisão humana permanente.
Estas são algumas conclusões da segunda fase do estudo (a primeira fase pode ser conferida aqui). Ele revela ainda que os jornalistas consideram baixo seu conhecimento sobre essa tecnologia e que há uma percepção de falta de treinamento oferecido pelas empresas de comunicação. Preocupações sobre a importância de respeitar direitos autorais e de manter a transparência sobre o uso de IA, além da falta de originalidade do material produzido, são recorrentes. Os profissionais destacam também a importância da definição de parâmetros para o uso responsável da IA no jornalismo, porém apontam a carência de manuais organizados pelos meios de comunicação em que atuam, com regramentos nesse sentido.
A próxima edição de J&Cia, que circulará excepcionalmente na segunda-feira (16/12), trará um resumo dessa segunda fase da pesquisa.